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Longa "1917" ofusca concorrência e conquista 7 prêmios Bafta

As conquistas foram: filme, diretor, filme britânico, som, fotografia, design de produção e efeitos visuais

1917: desempenho do longa no Bafta confirmou-o como o grande favorito na corrida pelo Oscar, (Imdb/Divulgação)

1917: desempenho do longa no Bafta confirmou-o como o grande favorito na corrida pelo Oscar, (Imdb/Divulgação)

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EFE

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 07h49.

Londres - O longo plano-sequência - simulado - de "1917" foi o grande vencedor do prêmio Bafta, entregues neste domingo (3) em Londres pela Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas, ao conquistar sete máscaras douradas em uma noite em que ofuscou "O Irlandês" e "Era Uma Vez... Em Hollywood".

O filme de Sam Mendes fez bom uso de sua originalidade e da força narrativa de sua imagem e proximidade para se destacar como o grande vencedor na noite no Royal Albert Hall.

O triunfo de "1917" confirmou-o como o grande favorito na corrida pelo Oscar, premiação em que parte com dez indicações. No Bafta eram nove, e as conquistas vieram em sete categorias: melhor filme, melhor diretor, melhor filme britânico, melhor som, melhor fotografia - pelo requintado trabalho de Roger Deakins -, melhor design de produção e melhores efeitos visuais. Apenas a melhor música e a melhor maquilhagem e cabeleireiro escaparam.

Coronavírus e Brexit

Não havia dúvidas antes do início da cerimônia de gala do triunfo final de "1917", que não impressionou um Quentin Tarantino impassível nos assentos do teatro londrino. O filme do americano foi uma das grandes decepções da noite, já que só ganhou um dos dez prêmios aos quais concorria.

A única máscara dourada obtida, no entanto, foi uma das mais celebradas em todo o evento. Brad Pitt, que estava ausente por razões familiares, ganhou como melhor ator coadjuvante e foi representado por Margot Robbie. A atriz arrancou risadas ao ler um texto preparado pelo colega que fez referência ao Brexit. "Olá, Reino Unido. Como está a vida de solteiro? Bem-vindo ao clube", escreveu Pitt.

Quem também se tornou uma estrela foi Rebel Wilson, que entregou o Bafta de melhor diretor e conquistou o público com um discurso no qual incentivou o filme "Cats", que não obteve indicações, e recomendou o uso da máscara Bafta para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

Mas se Tarantino foi mal, pior ainda foi Martin Scorsese, sumido da cerimônia, talvez prevendo o naufrágio. Seu filme "O Irlandês", apesar de dez indicações, passou em branco.

"Coringa", sim, saiu vencendo, mas com menos máscaras que o esperado. O filme que trata o começo do vilão do Batman foi indicado para 11 Bafta, como no Oscar deste ano, mas ganhou apenas três, com melhor trilha sonora (para o islandês Hildur Guanadottir, que já havia levado o Globo de Ouro), melhor seleção de elenco e melhor ator, com Joaquin Phoenix.

Phoenix, ao receber o prêmio, protagonizou um dos poucos momentos com quê de protesto durante o evento ao dizer que a academia se esqueceu de grandes atores no passado por causa da cor da pele.

"Agradeço a vocês por me apoiarem tanto, mas outros colegas não podem dizer o mesmo", disse um Phoenix que se manteve sério do momento em que apareceu no tapete vermelho até deixar o Royal Albert Hall.

Muito mais contida foi Renée Zellweger, eleita melhor atriz pelo papel em "Judy", filme que narra os últimos shows de Judy Garland em Londres. Ela preferiu elogiar as concorrentes vencidas, incluindo Scarlett Johansson e Margot Robbie. "Foi uma honra concorrer com vocês nesta noite", declarou.

E na seção de atriz coadjuvante, as previsões se tornaram realidade, e a vencedora foi Laura Dern, por seu papel como advogada em "História de um Casamento". A obra já lhe rendeu um Globo de Ouro e para o qual ela também é a grande favorita ao Oscar.

Klaus é a melhor animação

Quanto aos outros filmes, "Parasita", de Bong Joon Hoo, ganhou em duas categorias, melhor roteiro original e melhor filme em língua inglesa, batendo "Dor e Glória", de Pedro Almodóvar.

Sem uma máscara dourada para Almodóvar, o espanhol que deixa Londres como vencedor é "Klaus", do roteirista Sergio Pablos, eleito o melhor filme de animação, superando obras como "Toy Story 4" e "Frozen 2".

A noite terminou, como é tradição, com um discurso do príncipe William, presidente honorário do prêmio. Ele se disse surpreso por ainda ser necessário falar da necessidade de mais diversidade na indústria cinematográfica. "Vou continuar garantindo que o talento criativo seja apoiado e que as oportunidades estejam disponíveis para todos", prometeu.

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