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Londres presta homenagem ao mito imortal de Sherlock Holmes

O detetive, criado em 1886 pelo escritor Arthur Conan Doyle, recebe a primeira grande exposição em Londres

Mostra do Museu de Londres dedicada a Sherlock Holmes, "que não viveu, mas nunca morrerá" (BEN STANSALL/AFP)

Mostra do Museu de Londres dedicada a Sherlock Holmes, "que não viveu, mas nunca morrerá" (BEN STANSALL/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 18h54.

Londres - O detetive Sherlock Holmes nunca existiu e, no entanto, recebe cartas no endereço 221B de Baker Street: "O homem que não viveu, mas nunca morrerá", afirma o título da primeira grande exposição ao mito organizada em Londres em mais de 60 anos.

O Museu de Londres (Museum of London) organiza a mostra dedicada ao personagem criado em 1886 pelo escritor Arthur Conan Doyle e que já foi protagonista de centenas de filmes, séries de televisão, livros e jogos eletrônicos.

"Seu perfil e 'armas' - cachimbo, lupa e chapéu de caça - são imediatamente reconhecidos em todo o mundo. No reino dos detetives de ficção, Sherlock Holmes é o rei", explicou Alex Werner, do Museu de Londres.

A exposição, que ficará aberta até 15 de abril de 2015, está dividida em três partes. A primeira é dedicada à obra e a seu legado. A segunda apresenta a Londres vitoriana, na qual os becos e a neblina são personagens das histórias de Holmes. A terceira está dedicada aos objetos do detective, suas roupas e suas ferramentas de trabalho.

Há dois elementos particularmente notórios: o primeiro o caderno no qual Doyle esboçou o personagem; o segundo o sobretudo que o ator britânico Benedict Cumberbatch usou em "Sherlock", a mais recente série de TV dedicada a Holmes.

Quando os visitantes passam por uma "porta secreta" em uma biblioteca falsa para entrar na mostra, eles ficam imediatamente diante de um mural com imagens das múltiplas adaptações de Sherlock Holmes para o cinema e a televisão.

O Livro Guinness dos Recordes afirma que o detetive é o personagem humano mais retratado na história, à frente de Hamlet e um pouco atrás do "não-humano" Drácula.

"Sherlock Holmes encarna valores universais e atemporais. É tranquilizador em uma sociedade confrontada a mudanças profundas ter um super-herói que resolve nossos problemas de maneira eficaz e sem emoções aparentes. O sucesso da série (de Cumberbatch) mostra que Sherlock Holmes continua sendo muito popular", afirmou uma das curadoras da exposição, Pat Hardy.

Hardy se mostra surpresa, no entanto, com o fato de que muitas pessoas ainda conhecem Holmes primeiro pelos livros de Conan Doyle.

"São histórias bastante curtas e oferecem um acesso fácil à literatura inglesa, sobretudo para um público internacional", disse.

O sucesso estimulou a Conan Doyle Estate, a empresa familiar que administra o legado do escritor, a encomendar outro livro de Sherlock Holmes ao escritor Anthony Horowitz, que chegará às livrarias em 23 de outubro com o título de "Moriarty".

"O mistério que cerca Sherlock Holmes permanece intacto ", disse à AFP o escritor.

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