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Lochte é suspenso até junho de 2017 e perde prêmio pelo ouro

Ryan Lochte foi proibido de participar de competições até junho de 2017 e perdeu o bônus de US$ 100 mil que receberia pelo ouro na Olimpíada


	Ryan Lochte: além de perder o prêmio, Lochte deixou de receber patrocínios de cerca de US$ 1 milhão
 (Phil Noble / Reuters)

Ryan Lochte: além de perder o prêmio, Lochte deixou de receber patrocínios de cerca de US$ 1 milhão (Phil Noble / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 13h37.

Nova York - Ryan Lochte está proibido de participar de competições de natação até junho de 2017 e perderá o bônus de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 320 mil) que receberia pela medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos como punição pela confusão que se envolveu em um posto de gasolina no Rio e a falsa versão da história que contou para a polícia.

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês) e a USA Swimming, a confederação norte-americana de natação, anunciaram as punções nesta quinta-feira.

Lochte concordou com a suspensão que o impedirá de ir ao Mundial de Esportes Aquáticos do próximo ano, em julho, pois a seletiva norte-americana ocorrerá um mês antes.

Durante esse período, ele não vai ter nenhum financiamento mensal de qualquer organização, não poderá acessar os centros de treinamento do USOC, deve realizar 20 horas de serviço comunitário e vai perder a visita da equipe olímpica dos Estados Unidos à Casa Branca.

Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen, que estavam com Lochte no posto de gasolina, foram suspensos por quatro meses e também concordaram com a pena.

Essas sanções, que acabam em 31 de dezembro, também tiram o financiamento e o acesso a centros de treinamento, além de exclui-los da ida à Casa Branca.

Bentz, de 20 anos, também irá prestar dez horas de serviço comunitário por violar uma regra de toque de recolher para atletas menores de 21 anos.

"Como já dissemos anteriormente, o comportamento desses atletas não foi aceitável. Difamaram injustamente nossos anfitriões e desviaram para longe a atenção das conquistas históricas da equipe dos EUA", disse o CEO do USOC Scott Blackmun. "Cada um dos atletas aceitou a responsabilidade por suas ações e aceitou as sanções".

O USOC dá um bônus de US$ 25 mil (R$ 80 mil) aos medalhistas de ouro olímpico, enquanto a USA Swimming premiou com US$ 75 mil (R$ 240 mil) cada campeão olímpico em Jogos anteriores.

Mas esse dinheiro não é nada em comparação com o que Lochte perdeu no mês passado quando vários patrocinadores, incluindo a Speedo USA e a Ralph Lauren, deixaram de apoiar o nadador de 32 anos.

As estimativas são de que ele teria perdido cerca de US$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões).

A suspensão imposta a Lochte é quatro meses superior a recebida por Michael Phelps em 2014 por ter sido flagrado dirigindo sob influência de substância proibida pela segunda vez.

Apesar de seu constrangimento, Lochte tem se mantido ativo, tanto que se manteve ativo nas redes sociais e aceitou um convite para participar da próxima temporada do reality show "Dancing With The Stars".

No mês passado, a polícia do Rio acusou Lochte de apresentar uma falsa denúncia de roubo, mas o nadador evitou declarar se vai voltar ao Brasil para se defender.

O ouro de Lochte no revezamento 4x200 metros estilo livre foi uma das 121 medalhas que os Estados Unidos ganharam nos Jogos Olímpicos, mas suas ações no posto de gasolina e a falsa versão do incidente ofuscaram uma grande parte da segunda metade do evento. A comissão de ética do Comitê Olímpico Internacional também está avaliando o incidente.

"Quando ocorrem infrações ao Código de Conduta, é a nossa responsabilidade tomar ações que refletem a gravidade do que aconteceu", disse o diretor executivo da USA Swimming, Chuck Wielgus. "Infelizmente, esta história tirou a atenção dos atletas que mereciam mais", concluiu o dirigente.

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