Caso Valieva: culpados de doping de Valieva devem ser banidos, defendeu entidade. (Evelyn Hockstein/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 14h00.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 15h04.
O ex-patinador artístico olímpico dos Estados Unidos Adam Rippon disse que a participação da patinadora russa Kamila Valieva nos Jogos de Inverno de Pequim depois de ter testado positivo para uma substância proibida foi um "tapa na cara" para atletas limpos.
Em entrevista à Reuters nesta quarta-feira, Rippon afirmou que a decisão do mais alto tribunal do esporte de permitir que a jovem de 15 anos compita após testar positivo para trimetazidina, uma droga para angina, foi injusta com outros competidores.
"Esta situação é superinfeliz e também sem precedentes que alguém com um teste de doping positivo possa competir nos Jogos", disse Rippon.
"É um completo tapa na cara de cada atleta que vem aqui e compete limpo."
Valieva, que terminou em primeiro lugar no programa curto na terça-feira, testou positivo no campeonato nacional russo em 25 de dezembro, mas o resultado não foi revelado até 8 de fevereiro, depois que ela já havia competido nos Jogos de Pequim no evento por equipes.
Valieva não enfrentará uma audiência por acusação de doping até bem depois do final dos Jogos. Autoridades olímpicas não concederão as medalhas até que o caso de doping seja resolvido.
Rippon afirmou que Valieva, que é a primeira mulher a realizar saltos quádruplos na Olimpíada de Inverno, deve estar passando pelo que ele disse ser uma experiência "traumatizante".
"Isso é abuso infantil. Eles estão usando o sonho de uma criança como munição para enchê-la de drogas", disse Rippon, que conquistou o bronze com os Estados Unidos no evento por equipes nos Jogos de Pyeongchang em 2018.