O magnata da indústria pornô e editor da revista masculina Hustler Larry Flynt posa em sua casa em Los Angeles em junho de 2014 (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 09h49.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 22h31.
O magnata americano da pornografia Larry Flynt, mais conhecido como editor da revista Hustler e um ardente defensor da liberdade de expressão, morreu ontem (10) em sua casa em Los Angeles aos 78 anos, segundo relatos da imprensa americana citando sua família.
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Seu irmão, Jimmy Flynt, confirmou a morte ao Washington Post, mas não citou uma causa específica. O portal de celebridades TMZ, que deu a notícia em primeira mão, disse que Flynt morreu de insuficiência cardíaca.
Flynt lançou em 1974 sua revista pornográfica Hustler para competir com a Playboy, que considerava "antiquada", com fotos muito explícitas e um tom deliberadamente escandaloso.
Em seguida, construiu seu império com outras publicações, estúdios especializados em filmes pornô e sites na internet.
Em 2000, o empresário abriu um cassino Hustler no subúrbio de Los Angeles, onde morou por muito tempo.
Em uma cadeira de rodas folheada a ouro desde que foi vítima de uma tentativa de homicídio em 1978, o manata se permitiu em outubro de 2017 um último golpe de efeito, ao oferecer, em um anúncio de página inteira no Washington Post, 10 milhões de dólares a quem lhe fornecesse qualquer informação que levasse ao julgamento político de Donald Trump.
Era seu "dever patriótico", afirmou certa vez este homem acostumado a polêmicas e julgamentos, que construiu sua fama e fortuna na provocação.
Não foi a primeira vez que ele se envolveu em temas políticos. Em 1998, para apoiar o então presidente Bill Clinton, enrolado com o caso Monica Lewinsky, conseguiu marginalizar vários legisladores envolvidos em escândalos sexuais, revelados por sua revista.