(Divulgação/Divulgação)
Daniel Salles
Publicado em 10 de setembro de 2020 às 14h01.
Última atualização em 10 de setembro de 2020 às 21h36.
A exclusivíssima lista de hóspedes do Lapinha explica boa parte da enorme fama do spa, inserido numa fazenda a 90 quilômetros de Curitiba. É formada principalmente por advogados, bilionários que carregam sobrenomes de peso e empresários bem conhecidos dos leitores da EXAME.
É por isso que as plaquinhas que marcam os lugares no restaurante do complexo, fundado há 48 anos por Margarida Lange (1891-1977), omitem os nomes dos hóspedes, indicados só pelas iniciais. Muitos desembarcam no próprio helicóptero para temporadas de cerca de uma semana, o tempo mínimo recomendado para sair dali com a mente em ordem e uns bons quilos a menos (os pacotes de cinco noites, a permanência mínima, custam a partir de 6.030 reais por pessoa). E não são poucos os que ficam quinze dias ou mais, ou os que cogitam adiar o checkout para sempre.
Morar no Lapinha, no entanto, obviamente não é possível. Mas já há o que pode ser chamado de Lapinha vertical. Trata-se do AGE360, tido como o primeiro edifício residencial do Brasil inteiramente voltado ao bem-estar (fora do país os empreendimentos do tipo são chamados de “wellness buildings”). Projetado pelo escritório de arquitetura franco-brasileiro Triptyque e tirado do papel pela incorporadora AG7, o prédio está sendo erguido no ponto mais alto do bairro Ecoville, em Curitiba. Levando em conta que ele terá 33 andares, e 124 metros de altura, estamos falando de um dos 20 espigões com maior altitude do Brasil.
Apartamentos também são 33, vários com um andar todo para chamar de seu, outros ocupando só a metade de um — para não falar dos duplex. Os menores, com 208 metros quadrados, estão sendo vendidos por cerca de 2,8 milhões de reais; o maior, com 620 metros quadrados, será de quem desembolsar 10,4 milhões de reais. Todos descortinam uma vista de 360 graus da capital paranaense. Ao Lapinha coube a tarefa de ajudar a fazer com que a novidade virasse sinônimo de bem-estar.
"É um prazer dividir nosso conhecimento com a AG7, uma companhia familiar e paranaense como o Lapinha”, diz Dieter Brepohl, CEO do spa e neto da fundadora. Têm a chancela do Lapinha o centro de wellness do edifício, a sala de meditação, a academia, a piscina e a sauna, cercadas por uma “floresta suspensa”. "Desenvolvemos experiências que estimulam práticas diárias voltadas à saúde, aproveitando completamente o potencial de cada espaço do AGE360”, emenda Francesca Giessmann, a diretora de comunicação do spa.
O prédio também dispõe de horta, diversos jardins verticais com irrigação automatizada, tomadas para carros elétricos na garagem, uma para cada apartamento, e favorece ao máximo a entrada de luz e ventilação naturais. É um projeto praticamente todo residencial, à exceção do térreo, que abrigará um empreendimento comercial, ainda em aberto, com acesso independente (a meta da incorporadora é vender o espaço para um empório que milite pela alimentação saudável, um dos pilares do Lapinha). As obras começaram em agosto e a entrega está prometida para o início de 2024. As vendas tiveram início um mês antes. Dos 33 apartamentos, onze já foram vendidos.