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Lapinha vertical? Spa ajudou a conceber primeiro wellness building do país

Edifício residencial em Curitiba focado em bem-estar foi projetado pelo escritório Triptyque e terá apartamentos de até R$ 10,4 milhões – entrega em 2024

 (Divulgação/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 14h01.

Última atualização em 10 de setembro de 2020 às 21h36.

A exclusivíssima lista de hóspedes do Lapinha explica boa parte da enorme fama do spa, inserido numa fazenda a 90 quilômetros de Curitiba. É formada principalmente por advogados, bilionários que carregam sobrenomes de peso e empresários bem conhecidos dos leitores da EXAME.

Novidade no horizonte curitibano: 124 metros de altura (Divulgação/Divulgação)

É por isso que as plaquinhas que marcam os lugares no restaurante do complexo, fundado há 48 anos por Margarida Lange (1891-1977), omitem os nomes dos hóspedes, indicados só pelas iniciais. Muitos desembarcam no próprio helicóptero para temporadas de cerca de uma semana, o tempo mínimo recomendado para sair dali com a mente em ordem e uns bons quilos a menos (os pacotes de cinco noites, a permanência mínima, custam a partir de 6.030 reais por pessoa). E não são poucos os que ficam quinze dias ou mais, ou os que cogitam adiar o checkout para sempre.

Morar no Lapinha, no entanto, obviamente não é possível. Mas já há o que pode ser chamado de Lapinha vertical. Trata-se do AGE360, tido como o primeiro edifício residencial do Brasil inteiramente voltado ao bem-estar (fora do país os empreendimentos do tipo são chamados de “wellness buildings”). Projetado pelo escritório de arquitetura franco-brasileiro Triptyque e tirado do papel pela incorporadora AG7, o prédio está sendo erguido no ponto mais alto do bairro Ecoville, em Curitiba. Levando em conta que ele terá 33 andares, e 124 metros de altura, estamos falando de um dos 20 espigões com maior altitude do Brasil.

Um dos ambientes para relaxar do novo espigão (Divulgação/Divulgação)

Apartamentos também são 33, vários com um andar todo para chamar de seu, outros ocupando só a metade de um — para não falar dos duplex. Os menores, com 208 metros quadrados, estão sendo vendidos por cerca de 2,8 milhões de reais; o maior, com 620 metros quadrados, será de quem desembolsar 10,4 milhões de reais. Todos descortinam uma vista de 360 graus da capital paranaense. Ao Lapinha coube a tarefa de ajudar a fazer com que a novidade virasse sinônimo de bem-estar.

"É um prazer dividir nosso conhecimento com a AG7, uma companhia familiar e paranaense como o Lapinha”, diz Dieter Brepohl, CEO do spa e neto da fundadora. Têm a chancela do Lapinha o centro de wellness do edifício, a sala de meditação, a academia, a piscina e a sauna, cercadas por uma “floresta suspensa”. "Desenvolvemos experiências que estimulam práticas diárias voltadas à saúde, aproveitando completamente o potencial de cada espaço do AGE360”, emenda Francesca Giessmann, a diretora de comunicação do spa.

Trecho do AGE360 que concentra academia, sauna, piscina e "floresta suspensa" (Divulgação/Divulgação)

O prédio também dispõe de horta, diversos jardins verticais com irrigação automatizada, tomadas para carros elétricos na garagem, uma para cada apartamento, e favorece ao máximo a entrada de luz e ventilação naturais. É um projeto praticamente todo residencial, à exceção do térreo, que abrigará um empreendimento comercial, ainda em aberto, com acesso independente (a meta da incorporadora é vender o espaço para um empório que milite pela alimentação saudável, um dos pilares do Lapinha). As obras começaram em agosto e a entrega está prometida para o início de 2024. As vendas tiveram início um mês antes. Dos 33 apartamentos, onze já foram vendidos.

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