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Livro sobre diálogo de Fidel e intelectuais é lançado

Fidel Castro refletiu com os intelectuais durante nove horas e os convidou a exercer um papel ativo diante dos riscos de uma catástrofe

O texto intitulado 'Nosso dever é lutar' foi apresentado na Casa das Américas (Adalberto Roque/AFP)

O texto intitulado 'Nosso dever é lutar' foi apresentado na Casa das Américas (Adalberto Roque/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 21h37.

Havana - Intelectuais cubanos apresentaram nesta quarta-feira em Havana um livro sobre o risco de extinção que ameaça a espécie humana, resultante de um diálogo que o ex-presidente cubano Fidel Castro manteve com escritores, acadêmicos e cientistas de 22 países há um mês na ilha.

O texto intitulado 'Nosso dever é lutar' foi apresentado na Casa das Américas com o esclarecimento de seus promotores que o lançamento foi simultâneo em Madri, Washington, Caracas, Buenos Aires, Cidade do México, La Paz, Santo Domingo, San Juan, Luanda, Kingston e Berlim.

O escritor Roberto Fernández Retamar, a cientista Gisela Alonso e o economista Osvaldo Martínez integraram o painel que ressaltou a 'extraordinária transcendência' do livro.

Eles fizeram parte do grupo de quase 100 intelectuais participantes do encontro com Fidel Castro, em sua maioria convidados da Feira Internacional do Livro de Cuba, entre os quais estavam o Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel, o jornalista espanhol Ignacio Ramonet, o escritor italiano Carlo Frabetti e o teólogo brasileiro Frei Betto.

No final daquela reunião, o líder cubano propôs aos participantes que editassem um livro com as ideias e planejamentos expostos ali.

Fidel Castro, de 85 anos e afastado do poder desde 2006, refletiu com os intelectuais durante nove horas e os convidou a exercer um papel ativo diante dos riscos de uma catástrofe planetária por causa de crises alimentícias, uma eventual guerra nuclear e a progressiva deterioração ambiental.


A contracapa do livro reproduz algumas frases de Castro, em uma das quais destacou que 'se alguém soubesse que o mundo vai durar apenas dez anos, tem o dever de lutar para fazer algo nesses dez anos'.

Fernández Retamar, presidente da Casa das Américas, ressaltou que este livro deve servir para alertar sobre um momento 'extremamente dramático' e 'avivar' as consciências dos intelectuais do mundo perante a situação 'complicada, difícil e ameaçadora' que afeta a humanidade.

Esta versão do texto, revisada e ampliada por seus autores, foi publicada pela editora cubana José Martí em espanhol e inglês e também foi lançada no Twitter. 

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