Loja conceito da Lacoste: colaborações, coleções cápsulas e exclusivas (Lacoste/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 5 de junho de 2022 às 06h30.
Difícil pensar em um local melhor para a Lacoste inaugurar usa maior loja conceito do mundo do que a avenida Champs-Elysées. Primeiro, porque fica na capital da França, onde a Lacoste nasceu. Depois, porque Paris é onde acontece Roland Garros, torneio do Grand Slam que o criador da marca, René Lacoste, venceu três vezes.
A Champs-Elysées é uma das mais movimentadas do mundo, com turistas de todos os lugares. Estima-se que por lá passem 100 milhões de pessoas a cada ano. E entre os cafés, bares e restaurantes estão lá as lojas das principais grifes do mundo.
Pode-se dizer então que a intenção da Lacoste com sua nova loja-conceito é fazer a ponte entre os territórios do tênis e da moda, entre a França e o mundo. O espaço foi inaugurado no fim de maio.
Logo na entrada, à esquerda, fica um enorme telão para exibir jogos de tênis e cenas dos desfiles da marca na semana de moda de Paris. Nesta semana, as partidas de Roland Garros foram transmitidas ao vivo. A escada ao lado, que dá acesso ao segundo andar da loja, era um dos melhores locais na semana passada para ver Rafael Nadal, Carlos Alcaraz, Alexander Zverev e companhia.
A loja é bem segmentada por temas e coleções. A ideia é falar com seus diversos públicos: amantes da moda, esportistas, consumidores sustentáveis e criativos. Na passagem da escada ficam algumas peças de verão, bastante coloridas, criação da diretora criativa Louise Trotter.
A Lacoste Arena, como é chamada a loja, tem 1.600 metros quadrados divididos em três andares e conta hoje com 9.500 peças apresentadas ao público, distribuídas ao longo de uma extensa área de calçados, das coleções esportivas golfe, tênis e fitness, além do prêt-à-porter feminino, masculino e infantil.
Como o Brasil se tornou essencial na estratégia global da Lacoste
Lacoste e Minecraft lançam collab virtual e física
Há uma ala dedicada ao serviço de customização para personalizar cores, cortes e logotipos. O famoso símbolo do crocodilo aparece em versões pequenas e grandes, de tecidos sintéticos ou de malha envelhecida com cara vintage.
Ao lado ficam algumas camisas da coleção Loop, de peças feitas de tecido reciclado de polos descartadas. Outra coleção exposta por lá nesses dias é a “Fleur de coton”, uma reedição de 1991 composta de algodão orgânico biodegradável.
Outras iniciativas espalhadas pela loja mostram o comprometimento da marca com uma moda sustentável, como um mural feito de malha, cabides reciclados e desenvolvidos a partir de retalhos de algodão petit piqué e bolsas criadas a partir de antigas polos, oferecidas a quem descartou produtos têxteis da marca conosco.
Um outro espaço por lá é a Croco Wall, uma obra artística interativa com uma cabine de fotos, em que o cliente pode tirar um retrato e ajudar a compor um mural de fãs da marca. Por esses dias também estava exposta uma coleção cápsula chamada “Lacoste Champs-Élysées”, decorada como uma estação de metrô. As polos, sweatshirts, bonés e bolsas dessa linha mostram mapas de ruas dos arredores e são exclusivas dessa loja.
Uma homenagem ao mítico endereço, no número 50 da famosa avenida, pode ser vista no subsolo. Por lá foi mantida a identidade do cine Gaumont, que ocupava o prédio, com cartazes de filmes antigos. Também estão lá, apenas para exposição, peças da Lacoste com referência ao cinema.
Uma das peças mais chamativas é uma polo feita em parceria com Pedro Almodóvar, com uma colagem de estampas a partir de filmes do diretor espanhol, de 2008. O rosto de Penélope Cruz com o cartaz do filme Volver fica em evidência na camisa. É uma peça já histórica, apesar de recente. E não foi feita para as quadras.