Casual

Kering troca comando da Gucci e nomeia Francesca Bellettini como nova CEO

Mudança faz parte da reestruturação conduzida por Luca De Meo, novo CEO do grupo francês, diante da desaceleração da marca de luxo

Loja da Gucci, marca do grupo Kering, em Hong Kong. (Bobby Yip/Reuters)

Loja da Gucci, marca do grupo Kering, em Hong Kong. (Bobby Yip/Reuters)

Publicado em 17 de setembro de 2025 às 15h17.

Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 15h31.

O grupo francês Kering anunciou nesta quarta-feira, 17, a nomeação de Francesca Bellettini como diretora-executiva da Gucci, substituindo Stefano Cantino, que ocupava o cargo havia nove meses. Essa é a primeira mudança significativa sob a gestão de Luca De Meo, novo CEO da Kering. As informações são da Reuters.

De nacionalidade italiana, Bellettini iniciou sua carreira como banqueira e, posteriormente, construiu trajetória no setor de moda e luxo. Desde 2023, atua como uma das duas diretoras-executivas adjuntas da Kering, com responsabilidade sobre marcas como Saint Laurent, Balenciaga e Bottega Veneta.

Com a nova estrutura, os cargos de Bellettini e Jean-Marc Duplaix como executivos adjuntos serão extintos. Duplaix continuará como diretor de operações do grupo.

Desafios da Gucci

A mudança ocorre em meio à queda de dois dígitos nas vendas da Gucci antes da pandemia. A marca, que foi a principal impulsionadora do crescimento da Kering antes do período de emergência sanitária, enfrenta desaceleração e busca reposicionar sua estratégia no mercado global de luxo.

Analistas destacam que a definição clara das funções dentro da equipe de De Meo é vista como essencial para investidores.

No final de julho, a empresa registrou no segundo trimestre de 2025 uma queda de 15% nas vendas, puxada principalmente pelo desempenho negativo da sua principal marca de luxo. A Gucci, responsável por quase metade da receita do grupo, recuou 25% no período, somando € 1,46 bilhão em faturamento.

A retração foi observada em todas as regiões, com maior impacto na Ásia-Pacífico e no Japão, enquanto os mercados da China e dos Estados Unidos seguem enfraquecidos. Além da Gucci, o conglomerado francês controla marcas como Saint Laurent e Bottega Veneta.

Acompanhe tudo sobre:KeringGucci

Mais de Casual

Do K-pop ao skincare: como a Coreia do Sul criou produtos desejados globalmente

De olho nos pés: a aposta da Live! para chegar ao R$ 1 bilhão de faturamento

O acordo da Kering com a L’Oréal parece acertado. Mas a salvação do grupo passa pela moda

Queijo como destino: as rotas gastronômicas brasileiras que estão conquistando os turistas