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Kendrick Lamar faz história ao ser o 1º rapper a ganhar Pulitzer de música

O prêmio raramente é dado a músico de massa, mas dessa vez congratulou o rapper por seu relato sobre o cotidiano afro-americano, no disco DAMN

Kendrick Lamar: o rapper, de apenas 20 anos, se soma à lista de compositores americanos célebres como Aaron Copland, Charles Ives e John Adams (Danny Moloshok/Reuters)

Kendrick Lamar: o rapper, de apenas 20 anos, se soma à lista de compositores americanos célebres como Aaron Copland, Charles Ives e John Adams (Danny Moloshok/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de abril de 2018 às 11h41.

Kendrick Lamar se tornou nesta segunda-feira (16) o primeiro rapper a ganhar o Prêmio Pulitzer da música, um feito alcançado por sua habilidade de relatar o cotidiano afro-americano.

Com o Pulitzer, o jovem de 20 anos da historicamente empobrecida comunidade de Compton, em Los Angeles, se soma à lista de compositores americanos célebres como Aaron Copland, Charles Ives e John Adams.

A junta que concede os Pulitzer, que também premiam a literatura e a imprensa, deu o prêmio a Lamar por "DAMN.", uma exploração do som clássico do hip-hop para um artista que muda de rumo musicalmente a cada novo álbum.

Em seu anúncio, a junta do Pulitzer descreveu "DAMN". como "uma coleção de canções virtuosas, unidas por sua autenticidade vernácula e seu dinamismo rítmico, que oferece vinhetas que capturam a complexidade da vida afro-americana moderna".

"DAMN.", que alcançou o topo da lista de álbuns nos Estados Unidos, foi um passo à frente no discurso racial que Lamar iniciou em seu álbum anterior, "To Pimp a Butterfly", que por sua vez deu voz ao movimento Black Lives Matter (As vidas dos negros importam).

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O álbum começa com Lamar abordando indiretamente seu papel cultural com um trecho de um talk show conservador no qual suas letras contra a violência policial são criticadas. Este trecho também aparece na canção "XXX.", uma reflexão sobre os Estados Unidos, presente na obra do U2.

Mas boa parte do álbum é mais pessoal e introspectiva, e nela explora as armadilhas da fama, como na canção "HUMBLE"., e apresenta o alter ego de Lamar, Kung Fu Kenny.

A junta do Pulitzer raramente premia a música de massa. No ano passado, o prêmio foi para o compositor experimental de ópera Du Yun. No entanto, em meados dos anos 1990, introduziu mudanças para permitir que o prêmio fosse mais inclusivo.

O Pulitzer contemplou artistas de jazz como Wynton Marsalis e Ornette Coleman. O hip hop também foi reconhecido na categoria drama com "Hamilton", versão moderna de Lin-Manuel Miranda dos pais fundadores dos Estados Unidos, contemplada em 2016.

Apesar dos grandes elogios a Lamar, o artista ainda não ganhou o prêmio mais prestigioso da indústria da música, o Grammy para Álbum do Ano.

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