Kacey Musgraves ganhou o prêmio de Álbum do Ano por "Golden Hour" (Mike Blake/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 10h34.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2019 às 10h34.
Los Angeles (EUA) - A cantora de country Kacey Musgraves foi a rainha da 61ª edição dos Grammy com quatro prêmios, incluindo melhor álbum do ano ("Golden Hour"), em uma festa histórica para Childish Gambino, ganhador de outros quatro prêmios, e para a latina Cardi B, primeira mulher a levar o melhor álbum de rap.
Musgraves, texana de 30 anos, surpreendeu a todos com sua vitória na categoria principal da noite, embora até lá já tivesse levado o prêmio de melhor álbum de country, melhor canção de country ("Space Cowboy") e melhor atuação individual de country ("Butterflies").
"É incrível", confessou Musgraves no palco do Staples Center. "Estou rodeada de álbuns gigantes... É uma loucura ter ganhado, mas estou muito agradecida. Isto não me torna melhor que os demais", disse a artista.
Gambino, pseudônimo de Donald Glover, foi outro grande nome da noite com suas vitórias nas categorias de melhor gravação do ano, melhor canção do ano, melhor atuação de rap e melhor vídeo, todas elas pelo imponente e implacável "This is America".
O músico fez história ao conseguir que, pela primeira vez, um rap ganhasse como melhor canção do ano.
No entanto, o artista nem atuou nem assistiu à festa.
Lady Gaga brilhou graças aos seus três fonógrafos nas categorias de melhor atuação pop individual ("Joanne"), melhor atuação pop de um duo ou grupo e melhor canção escrita para um meio visual, ambos por "Shallow".
"Estou muito orgulhosa de ser parte de uma filme que aborda os problemas de saúde mental. Muitos artistas os sofrem. Se vocês virem em alguém, não desviem o olhar. Se são vocês que sofrem com eles, embora seja difícil, tentem encontrar coragem e falem", disse Gaga, que concorre também ao Oscar de melhor atriz po "Nasce uma Estrela".
Foi uma noite inesquecível também para Cardi B, que brilhou com a sua atuação e no seu discurso de recebimento do troféu de melhor álbum de rap, por "Invasion of Privacy".
A cerimônia viu contou com shows de Shawn Mendes e Miley Cyrus ("In My Blood"), Kacey Musgraves ("Rainbow"), um espetacular número a cargo de Janelle Monáe ("Make Me Feel"), Red Hot Chili Peppers e Post Malone ("Stay", "Rockstar" e "Dark Necessities"), H.E.R. ("Hard Place"), Cardi B ("Money"), Alicia Keys, Dan+Shay ("Tequila") e Diana Ross ("The Best Years Of My Life").
Depois foi a vez de Lady Gaga ("Shallow"), Travis Scott ("Stop Trying to Be God"), Jennifer López homenageando a Motown junto com Smokey Robinson ("My Girl") e Ne-Yo ("Another Star"), Brandi Carlile ("The Joke"), Chloe X Halle ("Where is the Love") e Dua Lipa com St. Vincent ("Masseduction", "RESPECT" e "One Kiss").
Além disso, houve uma grande homenagem a Dolly Parton, que dividiu o palco com Katy Perry e Kacey Musgraves ("Here You Come Again"), Miley Cyrus ("Jolene"), Errem Morris ("After the Gold Rush") e Little Big Town ("Rede Shoes"), antes de reunir todos eles para cantar "9 to 5".
E a festa, que durou três horas e 40 minutos, foi encerrada com um tributo a Aretha Franklin por parte de Andra Day, Fantasia e Yolanda Adams.
Outro momento de destaque foi com o prêmio de melhor canção rap ("God's Plan", de Drake), o prêmio de melhor álbum R&B (H.E.R., "H.E.R.") e melhor novo artista (Dua Lipa), embora poucos tenham conseguido levantar o público como o número inicial protagonizado pela cubana Camila Cabello.
Cabello cantou "Havana" acompanhada por Young Thug, Ricky Martin, Arturo Sandoval e J Balvin.
Somente uma presença tão magnética como a da ex-primeira-dama Michelle Obama ofuscou esse começo fantástico.
MIchelle, acompanhada por Jennifer López, Lady Gaga, Jada Pinkett Smith e Alicia Keys, apresentadora da festa, afirmou que a música ajuda o povo a compartilhar "sua dignidade, suas tristezas, suas esperanças e suas alegrias".
"Permite-nos escutar uns aos outros. A música mostra que tudo isso importa: cada história em cada voz, cada nota em cada canção", finalizou Michelle. EFE