O ex-chefe do FMI e ex-ministro socialista francês reconheceu ter ido às festas, mas afirmou que não sabia que as mulheres que participavam delas fossem prostitutas (Nicholas Kamm/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 14h07.
Bruxelas - A Promotoria de Tournai, no oeste da Bélgica, pediu nesta quinta-feira uma pena de dez anos de prisão para Dominique Alderweireld (conhecido como 'Dodo la Saumure'), dono de bordéis ligados a um dos escândalos que afeta o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn (DSK).
Trata-se da pena máxima que poderia ter sido aplicada a Alderweireld, processado por liderar uma associação dedicada à prostituição, indicou a agência 'Belga'.
Os advogados de 'Dodo la Saumure', no entanto, denunciaram a 'subjetividade' das acusações e a perseguição de seu cliente pelo simples fato de suas atividades terem chegado aos meios de comunicação, indicou a 'Belga'.
O francês 'Dodo la Saumure' apareceu nas manchetes dos jornais por possível ligação no caso do Carlton de Lille, investigado pela Justiça de seu país, por supostamente ter fornecido algumas das prostitutas que participaram das festas em que Strauss-Kahn esteve presente.
O ex-chefe do FMI e ex-ministro socialista francês reconheceu ter ido às festas, mas afirmou que não sabia que as mulheres que participavam delas fossem prostitutas.
No primeiro dia do julgamento, Alderweireld defendeu o caráter legal de seu negócio, que é permitido na Bélgica, e considerou 'discriminatório' que seja acusado por uma atividade desenvolvida há 12 anos, ressaltando que nunca teve nenhum de seus estabelecimentos fechado.
Os advogados de Alderweireld apresentarão sua defesa em 22 de março, quando pedirão a absolvição de seu cliente.