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Justiça determina retirada de ofensas a Caetano de redes

O escritor Flavio Azambuja Martins chamou Caetano de "pedófilo"; caso descumpra a decisão, ele terá de pagar multa de R$ 300 por dia, até R$ 30 mil

Caetano Veloso: o cantor está processando Martins por espalhar a hashtag "CaetanoPedofilo" (©AFP / Ari Versiani/AFP)

Caetano Veloso: o cantor está processando Martins por espalhar a hashtag "CaetanoPedofilo" (©AFP / Ari Versiani/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 19h12.

Última atualização em 14 de novembro de 2017 às 19h14.

Rio de Janeiro - A Justiça do Rio determinou nesta terça-feira, 14, a retirada de comentários ofensivos ao compositor Caetano Veloso no Facebook e no Twitter por parte do escritor Flavio Azambuja Martins. Ele chamou Caetano de "pedófilo".

A juíza Flavia Gonçalves Moraes Alves, da 14ª Vara Cível da Capital, concedeu tutela antecipada e determinou que o réuapague as ofensas em 48 horas.

Caso descumpra a decisão, Martins, que nas redes sociais assina Flavio Morgenstern, terá de pagar multa de R$ 300 por dia, até R$ 30 mil.

Caetano está processando Martins por espalhar a hashtag "CaetanoPedofilo". Pede indenização por danos morais e a retirada do conteúdo do ar.

O compositor foi insultado por ter iniciado o relacionamento com sua mulher, Paula Lavigne, quando ela era menor de idade.

"Analisando os elementos trazidos aos autos, bem como as mensagens e palavras descritas na documentação acostada na inicial, não resta dúvida acerca da natureza difamatória e ofensiva destas, podendo acarretar ao autor consequências irreparáveis no que tange a sua imagem e ao seu nome", destaca a juíza em sua decisão.

Ela marcou uma audiência de mediação/conciliação entre as partes para o dia 24 de janeiro de 2018.

Paula Lavigne comentou a decisão: "As pessoas estão confundindo a liberdade de expressão com abuso. Ofender não é liberdade de expressão, e comparar uma coisa com a outra é tentar desvirtuar esse direito. Essa vai ser a medida para todos os que usarem dos meios de comunicação para ofender", disse à reportagem. O Estado não conseguiu localizar Martins para comentar a sentença.

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