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Jurista venezuelano entra no Guinness por aula de mais de 24h

Aplausos ecoaram na sala de aula do Campus Norte da faculdade Miami Dade College, onde Rebolledo ministrou sua aula magistral

Venezuela: o jurista confessou que estava "cansado, sobretudo a voz", mas não hesitou "em nenhum momento" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: o jurista confessou que estava "cansado, sobretudo a voz", mas não hesitou "em nenhum momento" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2018 às 16h59.

Miami - O jurista Alejandro Rebolledo, magistrado do Tribunal Supremo da Venezuela no exílio, concluiu nesta sexta-feira com sucesso uma aula magistral sobre o crime organizado que durou mais de 24 horas em Miami, nos Estados Unidos, entrando para o Guinness, o livro dos recordes.

Às 10h locais (12h em Brasília) os aplausos ecoaram na sala de aula do Campus Norte da faculdade Miami Dade College, onde Rebolledo ministrou sua aula magistral.

O jurista confessou que estava "cansado, sobretudo a voz", mas não hesitou "em nenhum momento" a prosseguir com a aula, segundo ele mesmo disse à Agência Efe ao terminar.

Depois de verificar todas as evidências que a organização apontou em detalhes ao longo das 24 horas, como intervalos e o número de presentes, Sarah Casson, que fiscaliza os recordes da organização Guinness, concedeu o certificado a Rebolledo.

Com a comprovação do recorde do Guiness nas mãos e "sem sono", Rebolledo se mostrou "muito feliz de ter atingido o objetivo" e pelo fato de "milhares de pessoas" terem acompanhado sua aula magistral "através das plataformas digitais".

"Eu queria continuar por mais umas duas horas, mas havia um protocolo e, para a organização, as 24 horas eram a meta", explicou à Efe Rebolledo após encerrar a lição, que acabou se estendendo por 40 minutos além do tempo previsto.

Rebolledo vive exilado nos Estados Unidos desde julho do ano passado, e, com a aula magistral, tinha a intenção de divulgar "uma mensagem sobre a gravidade do crime organizado transnacional".

"O objetivo é que as instituições sejam muito mais diligentes e contundentes na hora de punir esses crimes", explicou Rebolledo, que tratou de temas como o narcotráfico, o tráfico humano, o tráfico de armas e de órgãos humanos e a lavagem de dinheiro.

Cerca de 600 estudantes no total estiveram presentes na aula que começou na quinta-feira às 10h até a manhã seguinte, e foi entre 3h e 4h da madrugada que houve menos gente na aula, pouco mais de dez.

Esse era precisamente um dos temores da associação International Solidarity for Human Rights, que organizou a aula, já que, para conseguir o recorde do Guinness, era necessário um mínimo de dez pessoas na sala de aula.

Com direito a cinco minutos de repouso a cada hora, o professor descansou um total de uma hora e 20 minutos nas mais de 24 horas que ele esteve falando sem cessar.

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