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Julgamento do médico de Jackson começa com fotos macabras

Jackson morreu em junho de 2009, aos 50 anos, por causa de uma parada cardíaca decorrente de uma overdose de sedativos e anestésicos

Pessoas próximas de Michael dizem que foi nos anos 90 que sua situação começou a ficar complicada (Phil Walter/Getty Images)

Pessoas próximas de Michael dizem que foi nos anos 90 que sua situação começou a ficar complicada (Phil Walter/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 21h26.

Los Angeles - Fotos macabras de Michael Jackson morto num leito hospitalar, justapostas a uma imagem da véspera, em que o cantor aparece cantando em um ensaio, marcaram nesta terça-feira de forma emotiva o primeiro dia do julgamento do médico particular do astro, acusado de homicídio culposo.

O promotor David Walgren disse nas alegações iniciais que o cantor "literalmente colocou sua vida nas mãos do doutor Conrad Murray", e que essa "confiança equivocada" foi fatal.

Já os advogados de Murray alegaram que Jackson "causou sua própria morte" ao tomar medicações adicionais às que o médico administrou. "Ele morreu tão rapidamente, tão instantaneamente, que não teve nem tempo de fechar os olhos", afirmou o advogado Ed Chernoff.

Jackson morreu em junho de 2009, aos 50 anos, por causa de uma parada cardíaca decorrente de uma overdose de sedativos e anestésicos. Murray declarou-se inocente, mas pode ser condenado a até quatro anos de prisão se o júri considerar que ele foi negligente com seu paciente. O julgamento deve durar de quatro a seis semanas.

O cardiologista do Texas, que recebia 150 mil dólares por mês para cuidar de Jackson durante os preparativos dele para uma temporada de shows, chorou durante as alegações iniciais nesta terça-feira.

Murray admitiu ter dado a Jackson uma dose do violento anestésico propofol, para ajudá-lo a dormir. Mas Chernoff disse aos jurados que o médico estava tentando afastar o cantor da sua dependência pela droga, que Jackson dizia ser o seu "leite."


Cansado dos ensaios e sob pressão para concluir os preparativos para os shows que faria em Londres, Jackson tomou oito comprimidos do ansiolítico lorazepam para tentar dormir, na madrugada de 25 de junho de 2009, na mansão de Los Angeles onde vivia.

"Acreditamos que as provas irão demonstrar que ..., quando o doutor Murray saiu do quarto, o próprio Michael Jackson se administrou uma dose de propofol que, com o lorazepam, criou uma tempestade perfeita dentro do seu organismo, que o matou imediatamente", disse Chernoff.

Os pais de Jackson, suas irmãs Janet e LaToya e outros familiares estavam no plenário do tribunal nesta terça-feira, enquanto do lado de fora dezenas de fãs seguravam girassóis, fotos do cantor e cartazes com os dizeres: "Justiça para Michael."

Walgren abriu as alegações da acusação mostrando aos jurados uma foto de Jackson, muito magro, jazendo em uma maca hospitalar; ao lado, outra foto, tirada do filme "This Is It", o mostrava ensaiando na véspera de morrer.

Chernoff pintou um quadro diferente, alegando que Jackson estava sob intensa pressão para que os shows -- seus primeiros em dez anos -- fossem um sucesso, não só do ponto de vista financeiro, como também para restaurar sua imagem, que estava abalada por um processo de pedofilia em 2005, do qual ele acabou sendo inocentado.

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