Sem os devidos cuidados, as varizes podem alcançar uma fase mais avançada e profunda, que consiste em sangramentos exteriores ou hemorragias interna (.)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 10h59.
São Paulo - Geralmente as varizes são mais comuns em pessoas mais velhas devido aos acontecimentos naturais do organismo. A tendência é que o quadro venha evoluir com o passar do tempo por conta da dilatação das veias. Porém, cada vez mais cedo este problema tem surgido na vida de garotas adolescentes que se encontram em transição para fase adulta.
Segundo o médico José Luiz Cataldo, cirurgião vascular da Unicamp, em mulheres mais jovens as varizes surgem geralmente como herança genética do pai ou da mãe, mas outros fatores como o uso precoce de anticoncepcionais, que contém estrógeno e progesterona, hormônios femininos prejudiciais ao sistema venoso. Além disso, o sedentarismo e obesidade também favorecem para que mulheres mais jovens comecem a ter este problema.
“Quando não existem fatores hereditários, outro problema não muito comum, mas que tem aumentado é a má formação do sistema venoso das pernas, onde as veias já nascem com predisposição para se dilatar com o crescimento do fluxo sanguíneo favorecendo a formação das varizes”, explica o cirurgião vascular.
A gestação antes dos 20 anos também pode influenciar no aparecimento das varizes, e os sintomas são os mesmos de pessoas mais velhas, porém com uma incidência menor e com maiores chances de prevenção.
“Se a jovem constatar algumas saliências nas pernas, como um pequeno calombo macio e sintomas como dor, sensação de peso ou cansaço nas pernas, queimação, inchaço e manchas escuras nos tornozelos, é importante consultar um médico, pois pode ser o inicio de um problema vascular”, explica o especialista.
Sem os devidos cuidados, as varizes podem alcançar uma fase mais avançada e profunda, que consiste em sangramentos exteriores ou hemorragias internas. Pode ocorrer também a flebite que é a formação de coágulos nas veias, deixando-as duras, doloridas e vermelhas e que em seu estágio final podem gerar feridas e úlceras. “Por isso a importância da prevenção, do acompanhamento de um cirurgião vascular, realizar atividades físicas e usar meias de compressão graduada para evitar a evolução do problema", finaliza.