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Jovem dominicana se vestia de Obama em festas de Berlusconi

Ela afirmou que nenhuma das jovens que participava da festa "estava nua" e enfatizou que durante as noitadas não acontecia "nada de ousado"

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 19h45.

Roma - Uma jovem dominicana, testemunha no julgamento contra o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi por prostituição de menor, contou nesta sexta-feira aos juízes que se fantasiava do presidente americano Barack Obama para fazer o líder político italiano rir em suas polêmicas festas privadas.

A dominicana Marysthell García Polanco, uma escultural mulata que costumava ser convidada para as festas do primeiro-ministro, descreveu como simpáticas e tranquilas as noitadas na residência de Berlusconi em Milão.

"Às vezes me vestia como a juíza Bocassini, colocava a toga e tudo, o que o divertia muito", contou a latino-americana, referindo-se à severa promotora Ilda Bocassini, do tribunal de Milão, que esteve a cargo da maioria das investigações por corrupção abertas contra o ex-primeiro-ministro.

"Também me fantasiava de (Barack) Obama e da cantora Whitney Houston. Silvio Berlusconi morria de rir", declarou durante a audiência, segundo o diário La Repubblica.

Ela afirmou que nenhuma das jovens que participava da festa "estava nua" e enfatizou que durante as noitadas não acontecia "nada de ousado".

Segundo a modelo marroquina Imane Fadil, interrogada pelos juízes em abril, nas comprometedoras festas, moças vestidas de monjas realizavam 'striptease'.

Berlusconi está sendo processado desde abril de 2011 por prostituição de menor e por abuso de poder, por ter intervindo junto à polícia para libertar a jovem marroquina Karima El Mahroug, apelidada "Ruby Rouba-corações", depois de ela ser detida por roubo.

Para a promotoria, Il Cavaliere intercedeu porque queria evitar que houvesse um escândalo. Os advogados de Berlusconi argumentam, ao contrário, que o então primeiro-ministro interveio para impedir tensões diplomáticas com o Egito, já que acreditava que a moça era a sobrinha do presidente Hosni Mubarak.

Segundo a acusação da promotoria, "Ruby Rouba-corações" manteve "relações sexuais com Silvio Berlusconi em troca de pagamento em dinheiro ou outros" em 13 encontros que aconteceram em Arcore, próximo a Milão, entre os dias 14 de fevereiro e 2 de maio de 2010, quando a moça ainda era menor de idade.

Pressionado pelos escândalos que minavam a credibilidade da Itália, com uma economia em crise, e pelos mercados, Berlusconi renunciou a seu cargo em novembro, abrindo espaço para um governo de tecnocratas encabeçado pelo economista Mario Monti.

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