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John le Carré, autor best-seller de espionagem, morre aos 89 anos

O escritor inglês, cuja obra mais famosa é "O Espião que Saiu do Frio", faleceu de pneumonia; seus livros foram adaptados para o cinema e a TV

O inglês John le Carré (centro) antes da estreia do filme "O Espião que Sabia Demais", baseado em sua obra, em 2011; à esquerda, o ator Gary Oldman, protagonista do filme (Suzanne Plunkett/Reuters)

O inglês John le Carré (centro) antes da estreia do filme "O Espião que Sabia Demais", baseado em sua obra, em 2011; à esquerda, o ator Gary Oldman, protagonista do filme (Suzanne Plunkett/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2020 às 21h33.

Última atualização em 13 de dezembro de 2020 às 21h38.

Um dos maiores autores de obras de espionagem da história, o inglês John le Carré morreu neste sábado, 12, aos 89 anos de pneumonia. A informação foi confirmada pela empresa que atuava como sua agente literária.

Carré ganhou fama e admiração pelos livros que retrataram o auge da Guerra Fria entre americanos e soviéticos. A sua obra mais famosa, "O Espião que Saiu do Frio", lançada em 1963, foi considerada pela revista Time um dos 100 maiores romances de todos os tempos em uma seleção feita em 2005.

Em uma carreira que durou mais de meio século, Carré -- cujo verdadeiro nome era David Cornwell -- escreveu 25 livros, alguns dos quais foram incensados pela crítica e por colegas de literatura. "O Espião Perfeito", de 1986, uma espécie de autobiografia, foi apontado pelo americano Philip Roth como "o melhor romance inglês desde a guerra".

Algumas de suas obras foram adaptadas para o cinema e a televisão, como "O Espião que Sabia Demais", estrelado pelo ator Gary Oldman em 2011; e "O Jardineiro Fiel", com Ralph Fiennes e dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, de 2005.

Muitos de seus personagens, espiões que serviam ao serviço secreto no auge da Guerra Fria, transitavam por escolhas separadas por linhas tênues entre o certo e o errado. É o caso de George Smiley, um dos mais famosos. E se apresentavam como pessoas normais que remetiam a uma realidade factível, engrenagens de máquinas intrincadas, algo que na época em que surgiram, na década de 1960, evidenciou o distanciamento em relação ao glamour do consagrado e quase infalível James Bond, de Ian Fleming.

Antes de se firmar na carreira de autor, Carré trabalhou no MI5 e no MI6, divisões do serviço secreto britânico.

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