Cena do filme "Joaquim": retrato poético de filme sobre Tiradentes (Joaquim/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 21 de abril de 2017 às 17h00.
Última atualização em 21 de abril de 2017 às 17h07.
São Paulo - Hoje (21), os brasileiros têm o feriado de Tiradentes para descansar e ver Netflix.
Já para quem ainda tem dúvidas e curiosidades sobre a figura do inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, há o filme "Joaquim", que estreou nos cinemas brasileiros ontem (20).
A produção de Brasil e Portugal dirigida por Marcelo Gomes (de "Cinema, Aspirinas e Urubus"), contudo, não traz uma versão didática da história de Tiradentes ou da Inconfidência Mineira, sim um exercício de reflexão histórica e da realidade.
O filme se vale de uma linguagem fortemente poética e conta, com imaginação e fantasia, a história dos acontecimentos que levaram Joaquim José a se tornar um líder e, depois, mártir.
Em entrevistas, o diretor disse que o filme reflete de maneira profunda sobre o passado brasileiro e suas misérias como forma de entender os problemas e crises que assolam o Brasil do século 21.
O ator paulistano Julio Machado interpreta o protagonista - o filme ainda conta com Nuno Lopes, Rômulo Braga e Isabél Zuaa, entre outros.
O filme estreou em fevereiro no último Berlinale, o festival de cinema de Berlim (onde outros brasileiros no passado, como "Central do Brasil", saíram consagrados).
"Joaquim" foi recebido com críticas no festival e, entre os filmes em competição pelo Urso de Ouro avaliados pelos críticos, recebeu uma das piores notas.
Já brasileiros que estavam presentes nas sessões em Berlim elogiaram muito a película e avaliaram que os alemães e outros estrangeiros "não entenderam o filme".
Para comparar: as críticas nacionais que já saíram de "Joaquim" tecem elogios, bem distantes das críticas em Berlim.
Aqui é possível ver uma entrevista com o diretor Marcelo Gomes, dada na Alemanha.
Confira o trailer e o cartaz de "Joaquim".