Jeff Koons é um dos artistas vivos mais valorizados do mundo (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 30 de março de 2022 às 12h19.
Última atualização em 30 de março de 2022 às 12h54.
O artista americano Jeff Koons já não se contenta mais em expor suas obras nos grandes museus e agora quer entrar para o mundo do formato NFT enviando esculturas para a Lua, informou na terça-feira, 29, a galeria de arte Pace.
A viagem deste "grupo de esculturas" será "mais adiante neste ano" e os sócios da aventura, Pace Verso, 4Pace e Intuitive Machines, não detalharam quantas obras farão parte do projeto denominado "Moon Phases" (Fases da Lua).
Questionada pela AFP, a galeria Pace não deu mais detalhes sobre a incursão de Koons no universo NFT (acrônimo em inglês para 'token' não fungível, os arquivos de computador em que são registradas as obras digitais). No comunicado, a galeria informou que serão utilizados nanossatélites CubeSat de 10 cm de comprimento.
Aos 67 anos, Koons é um dos artistas vivos mais valorizados do mundo. É conhecido por obras kitsch e de grande tamanho. Suas peças são expostas em grandes museus, como o MoMA de Nova York (EUA) e o Guggenheim de Bilbao (Espanha).
O lançamento será no Centro Espacial Kennedy, no estado da Flórida, como parte de uma missão "plenamente autônoma" a bordo de alunissadores da companhia Intuitive Machines, que já trabalha com a agência espacial Nasa, detalhou a Pace.
Cada obra estará vinculada a um NFT, uma versão digital única certificada pela tecnologia 'blockchain' que será vendida na Terra. Parte dos recursos arrecadados será destinada à organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), informou a galeria.
Confidenciais até 2020, em poucos meses os NFTs se tornaram onipresentes no mercado de arte.
"Sempre gostei da ideia de criar uma arte global [...] e agora ela está se tornando universal", afirmou o artista em um site dedicado ao projeto (jeffkoonsmoonphases.com). "Ao longo da história da humanidade, sempre admiramos a Lua", acrescentou.
Meio século depois da última passagem do homem na Lua, a Nasa planeja lançar este ano uma missão lunar não tripulada (Artemis I) como uma prévia para outra tripulada em 2024.