Uísque japonês: O Japão exportou 56 bilhões de ienes (cerca de R$ 1,2 bilhão) em 2022, 14 vezes mais do que uma década atrás. (Richard A. Brooks/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 1 de abril de 2024 às 07h13.
O uísque japonês, mundialmente famoso e muitas vezes vendido a preços exorbitantes, acaba de ganhar uma definição de qualidade mais rigorosa, em um esforço da indústria de bebidas do país asiático para conter falsificações estrangeiras.
A demanda internacional por uísques japoneses disparou nos últimos anos, tornando as variedades mais antigas especialmente mais valiosas. Com isso, aumentaram, também, a preocupação e confusão com as bebidas fabricadas em outros lugares e comercializadas como se fossem “uísque japonês”.
Para combater essa situação, a Associação Japonesa de Produtores de Licores e Bebidas Espirituosas criou uma nova definição para seu uísque, que entrou em vigor nesta segunda-feira, após um período de carência de três anos.
Para ser chamado de uísque japonês, o produto deve conter água original do Japão e os barris devem ter sido armazenados há pelo menos três anos no país asiático, entre outras regras.
Embora não estejam previstas sanções para o descumprimento dessas normas, os fabricantes elogiaram as novas regras como forma de proteger a imagem de seu uísque no mundo.
"Acreditamos que isso melhorará a reputação (do uísque japonês) porque tornará mais fácil para o cliente estrangeiro distingui-lo de outros produtos", disse o fabricante Suntory.
O Japão exportou 56 bilhões de ienes (cerca de R$ 1,2 bilhão) em 2022, 14 vezes mais do que uma década atrás.
*Matéria produzida pela AFP e disponibilizada pela Agência O Globo