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James Cameron vai ao ponto mais profundo do oceano e volta em segurança

Diretor de 'Avatar' é a primeira pessoa a realizar um mergulho sozinho ao vale oceânico conhecido como Depressão Challenger

Utilizando um veículo submarino desenvolvido especialmente para a missão, Cameron chegou à Fenda Mariana, no Oceano Pacífico, a 10.898 metros de profundidade

Utilizando um veículo submarino desenvolvido especialmente para a missão, Cameron chegou à Fenda Mariana, no Oceano Pacífico, a 10.898 metros de profundidade

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 22h24.

São Paulo - James Cameron, diretor dos filmes Titanic e Avatar, retornou com segurança à superfície depois de descer até a região mais funda do mar. Utilizando um veículo submarino desenvolvido especialmente para a missão, Cameron chegou à Fenda Mariana, no Oceano Pacífico, a 10.898 metros de profundidade, às 7h52 minutos desta segunda feira (18h52 de domingo em Brasília) . A missão foi organizada pela revista National Geographic e pela empresa Rolex.

Cameron é a primeira pessoa a realizar um mergulho sozinho ao vale oceânico conhecido como Depressão Challenger, localizado na Fenda Mariana. Ela fica a leste das Filipinas e a 200 quilômetros das Ilhas Mariana. A pressão da água no fundo da fenda é 1.000 vezes superior à da superfície no nível do mar - equivalente a ser espremido por todos os lados pelo peso de 50 aviões.

Ambiente alienígena — O veículo projetado especialmente para a missão já havia realizado com sucesso um mergulho não tripulado na sexta-feira (23). Depois de retornar à superfície, Cameron descreveu a região como desolada, exótica e parecida com a Lua. "Em um dia, fui a outro planeta e voltei", disse. "Vi criaturas parecidas com camarões, não maiores do que 3 centímetros".

A viagem de Cameron vinha sendo planejada há mais de sete anos. É a primeira expedição tripulada à fossa em mais de meio século.

Cameron, de 57 anos, desceu a bordo de um submarino de 8 metros de comprimento desenhado por ele próprio, o Deepsea Challenger. O submersível levou duas horas e 36 minutos para chegar à Depressão Challenger e permaneceu ali durante 70 minutos, segundo a National Geographic.

O cineasta precisou encurtar a viagem, prevista para durar seis horas, devido a problemas no sistema hidráulico do submersível. Ele coletou amostras para pesquisas em biologia marinha, microbiologia, astrobiologia, geologia marinha e geofísica. Além disso, as imagens registradas servirão para um documentário em 3D, que será exibido em salas de cinema e na emissora de TV da National Geographic.

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