A AEG Live alega que Jackson não revelou ser dependente de propofol, e que um contrato proposto para Murray não chegou a ser plenamente implementado (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2013 às 23h43.
Los Angeles - O cantor Michael Jackson estava pálido, magro e parecia um paciente terminal no dia da sua morte, em 2009, disse um paramédico de Los Angeles na terça-feira ao júri de um processo civil que tem como réus os produtores de uma série de shows que ele pretendia fazer em Londres.
Richard Senneff, primeira testemunha a depor no caso, disse que inicialmente não sabia que a pessoa deitada de pijama num leito da mansão alugada em Los Angeles era o mundialmente famoso cantor pop.
"O paciente me parecia ser cronicamente doente", disse Senneff, acrescentando que era possível ver as costelas de Jackson. "Ele estava muito pálido e abaixo do peso. Achei talvez que fosse um paciente terminal." Ele afirmou ainda que o médico pessoal de Jackson, Conrad Murray, parecia "frenético", mas não mencionou que o cantor havia recebido doses do anestésico propofol, o que foi a principal causa da sua morte, aos 50 anos.
"Ele estava pálido, estava suando, estava muito ocupado", disse Senneff sobre Murray, condenado em 2011 por homicídio culposo. Senneff já havia prestado um depoimento de teor semelhante no processo penal contra o médico. Na terça-feira, ele depôs como testemunha da acusação.
O processo foi aberto pela mãe de Jackson, Katherine, de 82 anos, que acusa a produtora de shows AEG Live de ter sido negligente ao contratar Murray para acompanhar Jackson na preparação para uma série de shows em Londres, que não chegaram a acontecer.
A AEG Live alega que Jackson não revelou ser dependente de propofol, e que um contrato proposto para Murray não chegou a ser plenamente implementado.
A mãe de Jackson e os dois filhos mais velhos do cantor, Prince e Paris, também devem depor no processo, junto com os cantores Prince e Diana Ross.