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Itália tenta reabrir uma importante porta da economia: o turismo

A partir desta quarta, a Itália permitirá a entrada de viajantes de outros países europeus, uma boa notícia para o setor que representa 13% do PIB

Itália: país passará a permitir a entrada e a saída de estrangeiros a partir de hoje (3) (Marzio Toniolo/Reuters)

Itália: país passará a permitir a entrada e a saída de estrangeiros a partir de hoje (3) (Marzio Toniolo/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 3 de junho de 2020 às 06h48.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 12h03.

Depois de meses de uma quarentena rígida, a Itália se prepara agora para reabrir uma de suas mais importantes portas da sua economia nesta quarta-feira, 3 de junho: a do turismo. A partir de hoje, o país passará a permitir a entrada e a saída de estrangeiros e também será possível viajar dentro do território italiano. Viajantes que chegam ao país não precisarão mais fazer uma quarentena obrigatória de 14 dias, mas a abertura está reservada aos residentes e cidadãos da zona do Acordo Schengen, que inclui 26 países europeus.

A reabertura é importante uma vez que o setor de turismo responde por 13% do Produto Interno Bruto italiano e a ideia é a de que a Itália consiga aproveitar alguma coisa da temporada de verão 2020. Em 2019, por exemplo, quando a pandemia do novo coronavírus não era uma realidade, o país chegou a registrar mais de 65 milhões de visitantes.

Vale notar que nem todo mundo está de acordo com o plano de reabertura. Ainda há ceticismo das autoridades de outras regiões italianas quanto aos movimentos da população da Lombardia, que foi o epicentro da epidemia na Itália. Algumas cidades avaliam barrar a entrada de pessoas de fora, como é o caso de Nápoles e Campânia. No último sábado, o número de casos confirmados na Lombardia foi de 416 ante 516 casos registrados no dia anterior, informou a agência Bloomberg.

A Itália se tornou um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Embora não esteja mais no topo do ranking do maior número de casos, em sexto e atrás da Espanha, o país ainda é um dos líderes em número de mortes, com 33.530 até a publicação desta matéria. O temor, um que não é injustificado, é o de que uma reabertura precoce possa trazer à tona uma segunda onda da pandemia.

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