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Itália apresenta projeto para reconstruir arena do Coliseu de Roma

O objetivo da reforma é que os visitantes possam admirar o monumento simbólico a partir do centro da arena, como acontecia até o fim do século XIX

Roma, eleita a cidade mais suja do mundo em pesquisa da revista Time Out. (AFP/AFP)

Roma, eleita a cidade mais suja do mundo em pesquisa da revista Time Out. (AFP/AFP)

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Julia Storch

Publicado em 3 de maio de 2021 às 09h05.

Última atualização em 3 de maio de 2021 às 09h11.

O ministério da Cultura da Itália revelou neste domingo um projeto ambicioso de reconstrução da arena do anfiteatro romano do Coliseu, o local onde os gladiadores combatiam, e que será acessível aos visitantes a partir de 2023. Uma empresa de engenharia de Milão venceu a licitação.

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O projeto utilizará lâminas de madeira móveis e aproveitará a ventilação natural das passagens subterrâneas, que na época dos jogos circenses abrigavam animais selvagens e escravos.

"Trata-se de um novo passo para a reconstrução da arena, um projeto ambicioso que ajudará a conservação das estruturas arqueológicas recuperando a imagem original do Coliseu e sua característica complexa máquina cênica", afirmou o ministro da Cultura, Dario Franceschini.

O objetivo é que os visitantes possam admirar o monumento simbólico a partir do centro da arena, como acontecia até o fim do século XIX. Também será possível organizar grandes atividades culturais, mas as autoridades não querem transformar o local em uma casa de espetáculos.

Em 29 de julho, o ministro Franceschini deseja convidar ao Coliseu os ministros de uma reunião do G20 dedicada à Cultura.

De acordo com a diretora do parque arqueológico do Coliseu, Alfonsina Russo, o terreno de 3.000 metros quadrados será acessível aos visitantes a partir de 2023.

Antes da pandemia de covid-19, 25.000 turistas visitavam diariamente o anfiteatro em forma de elipse, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco.

As obras de reconstrução da arena serão objeto de uma licitação europeia de 15 milhões de euros (18 milhões de dólares). Os trabalhos devem começar no fim deste ano ou início de 2022, com previsão de conclusão em 2023, informou Russo.

O projeto selecionado, divulgado neste domingo, será uma estrutura leve que poderá ser desmontada por completo e estará recoberta de accoya, uma madeira muito resistente, explicaram os engenheiros. As lâminas estarão equipadas com um sistema de rotação que permitirá a iluminação e ventilação natural das passagens subterrâneas. A água da chuva será coletada para proteger melhor as ruínas e também para ser usada nos banheiros públicos do monumento mais visitado de Roma.

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