Casual

Isaquias promete buscar ouro que falta em Tóquio

Aos 22 anos, o canoísta terá a oportunidade ao longo do próximo ciclo olímpico de se preparar para subir o degrau que falta na próxima Olimpíada

Isaquias Queiroz: Ele conquistou o objetivo de ser o maior medalhista brasileiro em uma única Olimpíada (REUTERS/Marcos Brindicci)

Isaquias Queiroz: Ele conquistou o objetivo de ser o maior medalhista brasileiro em uma única Olimpíada (REUTERS/Marcos Brindicci)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 12h46.

Rio de Janeiro - Com três pódios em três provas na canoagem velocidade, Isaquias Queiroz cumpriu neste sábado (20) o objetivo de sair dos Jogos do Rio com o nome na história como o maior medalhista brasileiro em uma única Olimpíada, e prometeu buscar em Tóquio-2020 o ouro que falta para completar sua coleção.

Aos 22 anos, o canoísta terá a oportunidade ao longo do próximo ciclo olímpico de se preparar ainda mais e conquistar experiência para subir o degrau que falta na próxima Olimpíada, depois de conquistar duas pratas e um bronze em sua primeira participação nos Jogos.

"Esse era o meu objetivo. Eu me dediquei junto com o Erlon para a gente tentar fazer história. A gente já conseguiu fazer história com a primeira medalha, mas eu queria mais", disse Isaquias depois de receber a medalha a prata dos 1.000m em dupla com Erlon de Souza, sua terceira no Rio depois de outra prata nos 1.000m individual e um bronze nos 200m individual.

Praticamente desconhecida no Brasil antes de Isaquias, a canoagem é um esporte onde a experiência conta muito, uma vez que o atleta precisa saber dosar a força para concluir provas de resistência como os 1.000 metros.

Algoz do brasileiro nos Jogos do Rio, com dois ouros nas provas em que Isaquias foi prata, o alemão Sebastian Brendel, por exemplo, tem 28 anos e disputou seu primeiro campeonato mundial em 2007.

"O alemão é muito bom, é um fenômeno na água, mas ele é muito mais velho do que eu, muito mais experiente, e na próxima Olimpíada vai ser muito mais pegado", disse Isaquias, que com o sucesso na Olimpíada se tornou um ídolo do esporte brasileiro e atraiu uma multidão de fãs à Lagoa Rodrigo de Freitas.

Na final deste sábado, realizada em frente a uma arquibancada lotada além de multidões às margens do espelho d'água, a dupla brasileira liderou os primeiros três quartos da prova, mas não teve força para aguentar a ofensiva final dos alemães.

"Nós brigamos pelo ouro até o final, mas quando você sai da água satisfeito, é sinal de que você fez o seu papel. Se não veio a medalha de ouro, a gente brigou por ela até o final, mas não veio. Tenho certeza que em Tóquio a gente vai brigar por ela, e acho que ela vem", disse Erlon, de 25 anos e baiano como Isaquias.

Isaquias foi ainda mais enfático sobre a expectativa de desempenho daqui a quatro anos. "Com certeza vamos buscar o ouro em Tóquio", disse.

Descoberto para o esporte em um projeto social em sua cidade natal de Ubaitaba, Isaquias despontou internacionalmente ao ser campeão mundial júnior em 2011, e depois foi campeão mundial nos 500m (prova não olímpica) em 2013 e 2014.

O canoísta é treinado pelo espanhol Jesus Morlán, um dos maiores nomes do mundo na canoagem velocidade, que chegou agora a oito medalhas olímpicas como treinador. Conhecido pelo rigor na preparação de seus competidores, o espanhol isolou a equipe em Lagoa Santa (MG) para treinar longe da badalação do Rio de Janeiro, estratégia que foi elogiada pelos atletas, que agora terão bastante tempo para festejar.

"Nos últimos meses a gente se trancou, a gente não foi em casa, mas a gente precisava dessa tranquilidade para treinar. Foi bom a parte de ficar trancado, agora sim a gente vai poder ir para casa", disse Isaquias, que contou ter combinado com o técnico férias até janeiro. "Com três medalhas é até janeiro", vibrou.

Acompanhe tudo sobre:CanoagemOlimpíada 2016Olimpíadas

Mais de Casual

4 estradas incríveis no Brasil para testar carros em diferentes tipos de terreno

Xiaomi venderá carros elétricos fora da China nos próximos anos, diz CEO

Alvaro Gutierrez, country manager da Intimissimi, aproveita o tempo livre em cavalgadas pelo mundo

‘Anora’ faz história no Oscar ao vencer Melhor Filme e mais 4 categorias