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Isadora Williams e o orgulho de representar o Brasil na patinação

Isadora espera dar um salto de qualidade na Coreia do Sul em relação a sua apresentação em Sochi, há quatro anos, quando foi a 30ª colocada

Brasil nas Olimpíadas de Inverno: "Minha mãe me deu a ideia de representar o Brasil e eu adorei" (Toby Melville/Reuters)

Brasil nas Olimpíadas de Inverno: "Minha mãe me deu a ideia de representar o Brasil e eu adorei" (Toby Melville/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 16h30.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 16h35.

A patinadora Isadora Williams fala pouco português, a língua de sua mãe, uma brasileira de Belo Horizonte que deixou o país para morar em Nova York nos anos 90, onde conheceu um americano e lá ficou.

A filha, hoje com 22 anos, nascida em Marietta (Geórgia), encara seus segundos Jogos Olímpicos de inverno em PyeongChang-2018, representando o Brasil, com a ideia de se classificar à final da patinagem artística, algo que não aconteceu em Sochi-2014, quando terminou na 30ª colocação.

"Minha mãe viajou a Nova York para estudar numa escola de moda e conheceu meu pai. Estou muito orgulhosa de representar o país da minha mãe, que nunca teve uma representante olímpica na patinagem no passado, e porque considero minha herança brasileira como parte importante da minha identidade", explicou Isadora Williams à AFP.

Isadora começou a patinar aos cinco anos de idade. Com nove, quando já participava de competições nos Estados Unidos, manifestou o desejo de representar o Brasil.

Em 2009, Isadora e sua mãe enviaram um vídeo com as atuações da atleta à Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG). E tudo começou.

"Minha mãe me deu a ideia de representar o Brasil e eu adorei. Queria ser a primeira patinadora a representar o Brasil nos Jogos, então desde pequena eu trabalhei com esse objetivo. Aqui estou competindo em meus segundos Jogos representando o Brasil, e é uma grande honra. Tenho minha herança brasileira muito próxima de meu coração e estou muito orgulhosa de sempre levar a bandeira brasileira na manga onde for competir", explicou Isadora Williams.

Progressos em português

Apesar de tudo, Isadora Williams reconhece suas dificuldades para se expressar em português.

"Minha mãe me ensinou português. Não é perfeito, devido ao fato de ter crescido nos Estados Unidos, e o inglês é tecnicamente minha primeira língua, mas sigo trabalhando nisso e pratico sempre que posso", admite a patinadora.

Isadora espera agora dar um salto de qualidade na Coreia do Sul em relação a sua apresentação em Sochi, há quatro anos, quando foi a 30ª colocada.

Nesta quarta-feira ela estreia no programa curto e, se passar para a final, competirá no dia seguinte na patinação livre.

"Meu objetivo desta vez é me classificar para a patinação livre, já que só 24 das 30 participantes passam de fase. Acredito que poderei melhorar nesses Jogos, porque tenho mais experiência", anunciou.

A patinadora brasileira se sente confiante graças a um dura rotina de treinos.

"Eu venho treinando três horas por dia, cinco vezes por semana no ringue de gelo, além de duas horas fora. Eu treinei muito tanto o programa curto como o livre, então me sinto muito mais preparada agora do que estava em Sochi", completou.

As patinadores costumam ter uma curta vida esportiva e os Jogos de PeongChang poderão ser os últimos da carreira de Isadora, de 22 anos.

"Sou estudante de nutrição na Montclair State University. Eu gostaria de ser nutricionista quando me aposentar da patinagem, e adoraria trabalhar com atletas no futuro", concluiu.

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