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Influenciadores digitais com uma audiência gigantesca trancados em casa

Por causa do coronavírus, diversos países cancelaram eventos, aulas e fecharam pontos de aglomeração de pessoas, como shoppings e restaurantes

Pessoas usam celular para acessar redes sociais: influenciadores digitais postam mais conteúdos que o habitual em momento de quarentena em diversos países do mundo (Foto/AFP)

Pessoas usam celular para acessar redes sociais: influenciadores digitais postam mais conteúdos que o habitual em momento de quarentena em diversos países do mundo (Foto/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de março de 2020 às 14h57.

Última atualização em 18 de março de 2020 às 15h14.

Confinados, mas hiperativos, muitas influenciadores digitais aproveitam o confinamento para se dirigir a uma gigantesca audiência de jovens trancados em casa, compartilhando mais do que o habitual do seu dia a dia.

Alguns relatam sua experiência com o coronavírus em primeira pessoa, como a alemã Carolin Lauffenburger, cujo marido deu positivo para o vírus, depois de apresentar febre e dor no peito.

O casal respondeu muitas perguntas dos internautas sobre a doença, desde o contágio inicial ao tratamento. A blogueira pediu ao seus 100.000 seguidores no Instagram "que não sejam uma geração que prefere a liberdade temporária ao bem-estar de todos".

A nova-iorquina Arielle Charnas também compartilhou no Instagram desde seus primeiros sintomas e dores até o teste no hospital em que deu positivo, enquanto contou com o apoio e conselhos de seus 1,1 milhão de seguidores.

"Estou feliz que a febre tenha passado, mas hoje sinto mais dor do que nunca", disse a influenciadora, enquanto anunciava que não comunicaria mais sobre sua doença.

"Tenho a impressão de que o que vivemos é um pesadelo, mas estou determinada a trazer um pouco de normalidade às nossas vidas", acrescentou.

"Voltarei às coisas que me fazem feliz, como meus filhos, minha vida familiar, moda e trabalho", disse Charnas.

Muitos outros influenciadores, bloqueados em casa, sem compromissos ou viagens à vista, foram ao ar nos últimos dias para manter contato com o público, compartilhando sua vida cotidiana e seus "tutoriais de confinamento".

Ao se conectar no Instagram na terça-feira, o francês Panayotis Pascot interagiu ao vivo com 2.000 espectadores, reunidos em vários segundos. "Como biscoitos Pim's de framboesa, assisto (a série) The Walking Dead, o que é uma péssima ideia", explicou o humorista a seus assinantes sobre o confinamento.

Seu compatriota Jeremstar multiplicou os vídeos curtos que mostram sua surpresa com as lojas fechadas e sua nostalgia por coisas que não verá por várias semanas. "Me diverte ficar feio, não vou pentear o cabelo", disse ele no Instagram, acrescentando que está se preparando para engordar "29 quilos".

Muitos usuários das redes sociais também multiplicaram seus conselhos, resumidos no slogan: "Eu fico em casa".

"Não corra no parque, não seja egoísta neste período", disse na segunda-feira a rainha das influenciadoras italianas, Chiara Ferragni, enquanto seu marido, o rapper Fedez, organizava concertos on-line de sua varanda em Milão.

Wanda Icardi, apresentadora e agente de seu marido, o jogador do PSG Mauro Icardi, transmitiu na terça momentos de brincadeiras com seus filhos.

E a estrela 'fitness' do YouTube TiboinShape dá conselhos sobre como ficar (muito) em forma em casa, entre exercícios e uma boa dieta.

Para atingir esse público jovem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também aderiu à rede Tik Tok, com a campanha #SafeHands. Entre piadas e coreografias, personalidades como a cantora Mariah Carey mostram como se deve lavar as mãos por pelo menos 40 segundos para se proteger do coronavírus.

E em todos os vídeos que se referem à pandemia, a plataforma também propõe aos usuários consultar fontes confiáveis, como a OMS, governos e imprensa.

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