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Indústria americana de casamentos inclui maconha em seus serviços

Especialistas lançaram negócios inteiros para atender a essa nova demanda de casamentos com maconha

Contratação de um coordenador de casamentos com experiência em maconha, chamado de Best Bud, para ajudar no dia do evento custa US$ 50 a US$ 100 por hora (Bruce Bennett/Getty Images)

Contratação de um coordenador de casamentos com experiência em maconha, chamado de Best Bud, para ajudar no dia do evento custa US$ 50 a US$ 100 por hora (Bruce Bennett/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 11h39.

Você já pode “apertar um” com a noiva.

A legalização da maconha recreativa em alguns estados dos EUA abriu as portas para todo tipo de comércio de cannabis, desde serviços de jantar até pacotes de férias.

Era inevitável que os casamentos, possivelmente um dos maiores gastos da vida de um adulto, de alguma forma passassem a incluir a erva nas cerimônias, recepções e festas.

Os especialistas lançaram negócios inteiros para atender a essa nova demanda de casamentos com maconha.

No Colorado, onde a maconha recreativa é vendida legalmente desde 2014, Bec Koop opera a empresa Irie Wedding & Events, voltada à cannabis, e é uma das fundadoras da Cannabis Wedding Expo, um evento onde noivas e noivos podem encontrar fornecedores de maconha.

Koop oferece uma série de serviços para casamentos: coordenação do evento, planejamento geral, arranjos florais, open bar de maconha. Ela também oferece serviços de consultoria para estabelecimentos que buscam atrair eventos com cannabis incluída.

Antes da legalização da maconha, Koop trabalhava no ramo de hospitalidade, incluindo catering convencional e arranjos florais. Agora seus produtos variam do plano O.G. Kush, com serviço completo a US$ 3.000 -- que engloba tudo, desde a coordenação do dia do casamento até reservas com fornecedores -- a um plano reduzido de casamento para duas pessoas a US$ 420, no qual a Irie encontra o oficiante, agenda um fotógrafo e faz uma reserva de jantar para o casal.

A contratação de um coordenador de casamentos com experiência em maconha, chamado de Best Bud, para ajudar no dia do evento custa US$ 50 a US$ 100 por hora.

Koop organizou cinco casamentos em seu primeiro ano completo no negócio e dobrou a quantidade no segundo ano. Agora, ela estima que reservará cerca de 25 até o fim de 2017.

“Temos pessoas que já estão entrando em contato conosco para 2020”, diz ela. “Eles têm fama de preguiçosos, mas planejam com bastante antecipação.”

Os primeiros dias de maconha legalizada foram difíceis, diz Koop, porque apenas 10 por cento dos estabelecimentos considerariam a possibilidade de receber casamentos relacionados à cannabis.

Ela afirma que agora cerca de um terço deles recebe festas regadas a maconha e chamam Koop regularmente para compor a lista de fornecedores preferidos.

Servir maconha em uma festa de casamento não é algo completamente diferente de oferecer bebidas alcoólicas. “Na verdade, é mais barato”, diz Adrian Sedlin, CEO da Canndescent, uma produtora da Califórnia que coloca bares de maconha em casamentos. “Mas as pessoas falam muito mais do valor gasto em cannabis do que no gasto com álcool.”

Em um casamento para 100 pessoas, a Cultivating Spirits oferece bares de maconha por US$ 300 para um mínimo de duas horas, com US$ 100 adicionais por hora além desse período.

Um típico bar de maconha pode incluir cigarros pré-enrolados, vaporizadores e cachimbos de vidro. Alguns casais optam por adicionar aperitivos e coquetéis à mistura.

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