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Incêndio destrói obras de renomadas galerias de arte de São Paulo

Uma das afetadas foi a Nara Roesler, que representa artistas como Vik Muniz e inaugurou novo braço em Nova York em janeiro

Estande da galeria Nara Roesler na Art Basel Miami  (Divulgação/Divulgação)

Estande da galeria Nara Roesler na Art Basel Miami (Divulgação/Divulgação)

DS

Daniel Salles

Publicado em 26 de março de 2021 às 16h12.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 17h39.

Um galpão do grupo Alke no município de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, pegou fogo nesta quinta-feira (25). Renomadas galerias de arte de São Paulo, como a Nara Roesler, que representa artistas como Antonio Dias e Vik Muniz, usavam o espaço para armazenar obras.

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Noticiou-se que a Nara Roesler mantinha no endereço cerca de 1.300 trabalhos de artistas celebrados como Abraham Palatnik, Antônio Dias e Laura Vinci. Em nota publicada em sua conta no Instagram, a galeria confirmou que foi afetada pelo incêndio, mas que ainda não sabe quantas obras foram atingidas. Procurada pela nossa reportagem, não se pronunciou.

Fundada em 1989, ela tem matriz em São Paulo e uma filial no Rio de Janeiro em atividade desde 2014. Em Nova York, está presente desde 2015, quando inaugurou uma representação na cidade. Há quatro anos, de deu mais um passo rumo à internacionalização ao transformar o escritório nova-iorquino numa pequena galeria, com a possibilidade de montar exposições.

Funcionou até abril de 2020 no terceiro andar de um prédio no Upper East Side. Ganhou um ponto final, em parte pela pandemia, por motivos óbvios, em parte pelo plano que foi concretizado no dia 12 de janeiro. Foi quando a Nara Roesler inaugurou sua nova galeria na cidade, no bairro do Chelsea.

Berna Reale, foto com pigmento mineral: no catálogo da Nara Roesler (Divulgação)

Outra galeria com obras estocadas no galpão do grupo Alke é a Simões de Assis, que fica no bairro de Cerqueira Cesar, em São Paulo. Dela estavam no espaço 13 esculturas, de autoria de Emanoel Araújo. O conjunto aguardava a hora de viajar para os Estados Unidos, onde será organizada uma mostra do artista, também diretor do Museu Afro Brasil.

Em nota, o grupo Alke, que é especializado em logística, afirmou que os clientes foram informados do ocorrido e que ainda não se sabe o tamanho do estrago. "A empresa ressalta, ainda, que estava em dia com Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), licença emitida pelo corpo de bombeiros que comprova legalmente que o estabelecimento está seguro”, disse a companhia.

"Ainda é cedo para calcular o tamanho da perda irreparável causada pelo incêndio. Hoje estamos de luto pela memória da arte e por nossos colegas, artistas, galeristas, colecionadores e pelos amigos da Alke. Nosso carinho mais sincero a todos", postou a galeria Vermelho nas redes sociais. Ela também costuma recorrer aos serviços do grupo Alke, mas não tinha nenhuma obra no galpão dizimado.

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