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Igreja nos EUA dá sermão inspirado em Beyoncé

Reverenda acredita que a trajetória pessoal da cantora serve de inspiração para mulheres negras lutarem contra os obstáculos pessoais e sociais

Beyoncé: religiosa apontou traços espirituais nas músicas e performances da cantora (Lucy Nicholson/Reuters)

Beyoncé: religiosa apontou traços espirituais nas músicas e performances da cantora (Lucy Nicholson/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2018 às 17h19.

O mais comum em sermões de igrejas é que as histórias bíblicas sirvam como metáforas para se explicar os valores religiosos. No entanto, uma igreja em São Francisco, nos Estados Unidos, escolheu um ícone mais atual para passar sua mensagem: Beyoncé.

A Grace Cathedral, igreja episcopal da maior cidade do Estado da Califórnia, realizou um sermão cujo tema principal foi a diva pop. A reverendo Yolanda Norton, organizadora do evento, explicou como surgiu a ideia.

"Eu estava entrando nesse projeto de interpretação da Bíblia para mulheres, no qual trabalho com as experiências de libertação de mulheres negras, e procurava uma figura central para ligar todas aquelas histórias", contou à BBC.

Yolanda acredita que a trajetória pessoal de Beyoncé serve de inspiração para mulheres negras lutarem contra os obstáculos que as impedem de se desenvolver pessoal e socialmente.

A religiosa ainda aponta traços espirituais nas músicas e performances de Beyoncé e acredita que a letra de muitas das canções da artista podem ser interpretadas como preces a Deus.

Ela usou uma estrofe de Flaws and All para defender sua opinião: "Eu não sei por que você me ama e é por isso que eu te amo".

"Vivemos em uma época onde quase nenhuma igreja discute se as mulheres deveriam ser ordenadas. Para mim, Jesus está mais confortável em outorgar sua autoridade a mulheres de cor do que a Igreja", falou Jude Harmon, reverendo da catedral, ao site Broadly.

Ele também destacou que a maior parte das pessoas que compareceram ao sermão era de mulheres negras e de pessoas LGBT e que ele serviu como uma forma de inclusão: "Convenhamos que a Igreja não tem feito muita coisa para dar voz a essas pessoas".

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