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Ícone do cinema trash, Ed Wood ganha mostra em São Paulo

Cineasta é o homenageado da mostra O Melhor dos Piores de Todos os Tempos

Cena de Plan 9 from Outer Space com o ator Tor Johnson, com a expressão facial que se tornou conhecida como máscara de Halloween (Wikimedia Commons)

Cena de Plan 9 from Outer Space com o ator Tor Johnson, com a expressão facial que se tornou conhecida como máscara de Halloween (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 16h35.

São Paulo – Ícone do cinema trash e independente, o cineasta Ed Wood é o homenageado da mostra O Melhor dos Piores de Todos os Tempos, em São Paulo. Até o próximo dia 30 serão exibidos oito longas-metragens do cineasta, o filme-homenagem Ed Wood, de Tim Burton, e o documentário Look Back in Angora, de Ted Newsom.

“Ed Wood era alguém que não queria fazer cinema trash. Ao contrário, ele queria fazer filmes bons, igual a Orson Welles, só que fracassou. Ele não conseguiu fazer filmes talvez por falta de dinheiro, falta de experiência, de talento. Mas conseguiu fazer obras com uma estética própria dele, que hoje chamamos de cinema trash”, destaca o coordenador da mostra e curador Kristofer Paetau.

Edward Davis Wood Jr. nasceu em 1924. Começou a fazer comerciais em 1948, na produtora instalada no apartamento dele, em Hollywood. Seu trabalho no cinema começou a chamar a atenção durante os anos 1950, com temas como ataques alienígenas e zumbis. Wood morreu na miséria, em 1978, dois anos antes de ser consagrado como o pior cineasta de todos os tempos pelo Turkey Awards, uma espécie de Oscar do cinema trash.

“Para fazer um filme hoje não existem mais as barreiras de antes, como ter muito dinheiro, ter uma equipe grande, uma distribuidora, tudo isso. Agora, cada pessoa pode se tornar um cineasta independente. E o Ed Wood simboliza isso, ele é um precursor desse espírito de fazer sozinho, independentemente, com pouco dinheiro, quase sem recursos”, disse Paetau.

A mostra O Melhor dos Piores de Todos os Tempos ocorre de terça-feira a domingo na Caixa Cultural São Paulo, na Praça da Sé. A entrada é franca e a programação completa pode ser vista em http://www.caixa.gov.br/caixacultural .

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