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Hugh Jackman fala sobre ser protagonista de "Os Miseráveis"

Ator australiano diz que sua experiência em musicais e filmes de ação o fez sentir-se como se "todas as estrelas estivessem se alinhando"

Ator Hugh Jackman discursa durante cerimônia que o homenageia com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Jonathan Alcorn/Reuters)

Ator Hugh Jackman discursa durante cerimônia que o homenageia com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Jonathan Alcorn/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 10h54.

Nova York - O ator australiano Hugh Jackman diz que sua experiência em musicais e filmes de ação o fez sentir-se como se "todas as estrelas estivessem se alinhando" quando ele assumiu o papel do protagonista Jean Valjean na versão cinematográfica de "Os Miseráveis".

Jackman, de 44 anos, talvez mais conhecido por seu papel de Wolverine na série de filmes "X-Men", falou à Reuters sobre as exigências do papel na adaptação do diretor britânico Tom Hooper de "Os Miseráveis", musical que fez sucesso quando Jackman ainda era um adolescente.

- Esse papel parece ter sido feito sob medida para você.

Hugh Jackman - Eu certamente o senti como o maior desafio que já tive. Nunca estive tão na frente para ganhar um papel. Parecia que era a hora certa. Mas assim que consegui o papel, vou admitir aqui que houve momentos em que eu pensei: "Oh talvez eu tenha pego um pedaço um pouco maior do que eu posso mastigar", porque é um papel muito difícil em todos os sentidos -- fisicamente, verbalmente, emocionalmente".

- Toda a sua experiência na Broadway, e nos filmes, te conduziu a esse papel? 

Hugh Jackman - Eu nunca esperava essa trajetória de filmes de ação, o que era uma coisa estranha para mim, e musicais, que também foram uma coisa estranha para mim. Eu era formado em teatro.... Então, havia muito tempo que eu queria unir as duas coisas. Esperei a coisa certa, e quando isto aconteceu era como dizer "Oh meu Deus, eu nem precisava pensar duas vezes sobre isso". Então, acho que me sinto como se todas as estrelas tivessem se alinhado, e graças a Deus demorou 27 anos para isso acontecer." 

- A maioria dos atores minimiza as chances para o Oscar, e este filme está causando burburinho. O que você acha?

Hugh Jackman - É claro que é o sonho de todo ator. No nosso negócio, é a maior prêmio que existe. É um sonho. Não cresci pensando que eu ia ser um ator, e menos ainda com a esperança de um dia ganhar um Oscar ... Nunca foi parte da minha realidade. Eu fui para a escola de teatro quando estava com 22 anos. Nem me lembro de ter pensado em ser um ator profissional até os meus 30 anos e na escola de teatro.


- O que você teve de fazer para convencer Tom Hooper a te dar o papel?

Hugh Jackman - O que eu precisava para convencê-lo era (mostrar) que é possível fazer com que as falas cantadas pareçam naturais. Sei que ele estava cético em relação a isso, e que estava nervoso, com razão, quanto à possibilidade de um musical realmente tocar as pessoas e levar os não aficcionados por musicais a se envolverem, se sentir em casa com a forma cantada, porque é certo que isso é altamente antinatural, não é?... Eu sabia que precisava convencê-lo de que a emoção e a história, os pensamentos do personagem, poderiam parecer naturais.

- Você esteve sob muita pressão nos ensaios?

Hugh Jackman - Sua voz tem de ser tão boa na primeira como na nona (tomada de cena). Porque, digamos que ele (Hooper) obtenha o movimento de câmera, ou uma boa atuação na nona. Você não pode tirar o vocal de outra, ou cortar para a segunda tomada, porque o ritmo seria diferente. Então, eu acho que ele estava testando a resistência também, tenho certeza, para ver se as pessoas podiam cantar em sintonia.

- Você é conhecido como um dos astros mais sinceros de Hollywood. Quem é o seu modelo para essa característica de personalidade?

Hugh Jackman - Meu pai tem muitas qualidades de humildade. Ele é muito tranquilo, é mais humilde do que eu. Se eu pensar sobre isso, há muitas qualidades de Jean Valjean em meu pai. Ele nunca disse uma palavra ruim sobre ninguém, ele é um homem religioso, no sentido mais tradicional, e ainda assim ele nunca fala sobre isso. Ele é um homem de ação.

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