Policiais caminham em principal centro de imprensa dos Jogos Olímpicos Tóquio. (Edgar Su/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de julho de 2021 às 11h50.
Um foco de coronavírus em um hotel do Japão onde dezenas de membros da delegação olímpica do Brasil estão hospedados provoca novas preocupações com infecções durante o que a principal autoridade olímpica do mundo prometeu nesta quarta-feira que serão Jogos "históricos".
Pouco mais de uma semana antes da cerimônia de abertura, novos casos ligados aos Jogos e infecções em alta em Tóquio ressaltam os riscos de sediar o maior evento esportivo do planeta durante uma pandemia, mesmo sem espectadores nos locais de competição.
Sete funcionários do hotel da cidade de Hamamatsu, situada ao sudoeste de Tóquio, foram diagnosticados com coronavírus, disse uma autoridade municipal.
Mas a delegação brasileira de 31 integrantes, que inclui atletas de judô, está em uma "bolha" no hotel, separada dos outros hóspedes, e não foi infectada.
Tóquio, cidade-sede onde um estado de emergência foi imposto até depois do final da Olimpíada, em 8 de agosto, também registrou 1.149 casos novos de Covid-19 nesta quarta-feira, a maior quantidade em quase seis meses.
Variantes altamente contagiosas do vírus atiçam a onda mais recente de infecções, e a incapacidade de vacinar as pessoa mais rápido deixa a população vulnerável.
Especialistas médicos temem que "bolhas" olímpicas, impostas por autoridades da Tóquio 2020 na tentativa de afastar a Covid-19, possam não ser totalmente isoladas, já que a circulação de funcionários que prestam serviços nos Jogos pode criar oportunidades de contágio.
A Olimpíada, adiada no ano passado porque o vírus estava se disseminando em todo o mundo, perde muito apoio público no Japão por causa dos temores de que desencadeará uma disparada de infecções.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, elogiou os organizadores e o povo japonês por sediarem os Jogos durante uma pandemia.
"Estes serão Jogos históricos... pela maneira como o povo japonês superou tantos desafios nos últimos dois anos, o grande terremoto no leste do Japão e agora a pandemia de coronavírus", disse Bach aos repórteres depois de se encontrar com o primeiro-ministro Yoshihide Suga.
Líderes japoneses tinham a esperança de que os Jogos reagendados para este ano seriam uma comemoração da vitória do mundo sobre o coronavírus, mas os novos focos de infecções adiaram estas celebrações.
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