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Homeland ganha 6 Emmys e impede que Mad Men faça história

Vitória impediu que a série rival fizesse história com um quinto triunfo consecutivo em um dos prêmios mais importantes da televisão dos Estados Unidos

Claire Danes e Damian Lewis foram premiados no Emmy 2012 por suas atuações em "Homeland" (Kevork Djansezian/Getty Images)

Claire Danes e Damian Lewis foram premiados no Emmy 2012 por suas atuações em "Homeland" (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 07h26.

Los Angeles - Em uma reviravolta de roteiro digno de seu argumento, "Homeland" foi a grande vencedora na 64ª edição dos Emmy, os prêmios mais importantes da televisão dos Estados Unidos, com seis estatuetas, incluindo a de melhor série dramática, e impediu de quebra que sua grande rival, "Mad Men", fizesse história com um quinto triunfo consecutivo nessa categoria.

"Homeland" levou os prêmios de melhor série, melhor ator (Damien Lewis), melhor atriz (Claire Danes) e melhor roteiro (Alex Gansa, Howard Gordon e Gideon Raff, pelo episódio piloto) durante a cerimônia, aos quais soma dois mais de caráter técnico que foram entregues na semana passada.

A trama da série gira em torno de um oficial do Exército americano que foi dado como morto durante a Guerra do Iraque e que, após oito anos de cativeiro nas mãos da Al Qaeda, é libertado e repatriado.

A vitória de Lewis foi uma das grandes surpresas da cerimônia já que rivais como Bryan Cranston ("Breaking Bad") e Jon Hamm ("Mad Men") eram os grandes favoritos.

"Não acho que devo julgar a arte, mas vim por via das dúvidas", disse Lewis. "Eu também estava convencido de que Bryan ia ganhar", declarou.

Além disso, Danes acredita que "Homeland" é uma das séries favoritas do presidente americano, Barack Obama.

"Isso deixa claro a relevância da série. A história fala da ansiedade e do desassossego que vivemos como sociedade, em uma nova era onde não está claro quem é o inimigo", declarou a atriz.

Uma vitória para "Mad Men" a teria levado a bater todos os recordes no campo de melhor drama. Por enquanto continua compartilhando essa marca com séries históricas como "Hill Street Blues", "L.A. Law" e "The West Wing".

Com uma quinta vitória, "Mad Men" teria igualado o número de "Frasier", que em 1998 somou cinco troféus - recorde absoluto - como melhor série de comédia.

"Game of Thrones" também somou seis prêmios, todos eles em categorias técnicas, como melhores efeitos especiais e melhor figurino.

Já "Modern Family", com cinco estatuetas, cumpriu as previsões e conseguiu o Emmy de melhor série de comédia pelo terceiro ano seguido. Além disso, seus atores Eric Stonestreet e Julie Bowen ficaram com os prêmios de melhores ator e atriz coadjuvantes.


Também chamou a atenção a vitória de Jon Cryer como melhor ator de comédia, por "Two and a Half Men", série pela qual já ganhou em 2009 embora na categoria de ator coadjuvante.

A saída de Charlie Sheen e a chegada à série de Ashton Kutcher mudaram algumas coisas e os roteiristas deram maior peso a seu personagem, segundo admitiu o próprio Cryer, extremamente surpreso por sua escolha.

"Alguma coisa saiu terrivelmente errado", disse sobre o palco, perante o olhar de cumplicidade de Alec Baldwin e o gesto incrédulo de Louis C.K. "Isto é uma loucura", acrescentou.

Julia Louis-Dreyfus ficou com o prêmio de melhor atriz de comédia por "Veep".

O filme para televisão "Game Change", acerca da escolha em 2008 da então governadora do Alasca Sarah Palin como candidata à Vice-Presidência do Partido Republicano, ficou com cinco prêmios, além da minissérie "Hatfields and McCoys", sobre o confronto entre duas famílias rivais ao término da Guerra de Secessão.

"Game Change" venceu em melhor telefilme ou minissérie, melhor diretor (Jay Roach), melhor ator (Kevin Costner) e melhor atriz (Julianne Moore).

"Obrigado às pessoas que se reuniram na frente da televissão para ver esta história de rivalidades. Aos que não viram: graças a Deus pelas repetições", disse Costner.

Moore, cujo retrato de Palin desagradou em absoluto a republicana, disse que este prêmio "dá validade" a seu trabalho.

Além disso, Aaron Paul e Maggie Smith levaram os prêmios como melhores atores coadjuvantes em drama, por "Breaking Bad" e "Downton Abbey", respectivamente.

"Obrigado a Vince Gilligan - o criador da série - por não matar meu personagem!", exclamou Paul, cujo Jesse Pinkman em "Breaking Bad" estava destinado a desaparecer na primeira temporada.

A festa, de três horas de duração, foi comandada por Jimmy Kimmel com seu particular humor satírico, que não duvidou em fazer várias das celebridades presentes no Teatro Nokia de Los Angeles participarem do espetáculo.

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