Casual

GWM quer fazer legado com centro de engenharia local e carro exclusivo para o Brasil

GWM pretende investir um total de R$ 10 bilhões até 2032. Na primeira fase desse aporte, são R$ 4 bilhões que incluem uma fábrica

Linha Haval: modelo lidera as vendas da marca chinesa no Brasil. (GWM/Divulgação)

Linha Haval: modelo lidera as vendas da marca chinesa no Brasil. (GWM/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 1 de setembro de 2024 às 07h50.

Tudo sobreCarros
Saiba mais

Apesar das montadoras chinesas estarem presentes no Brasil há pelo menos 20 anos, com Chery e JAC sendo as pioneiras, foi nos últimos dois anos que o país se tornou um destino para investimentos robustos das marcas asiáticas. Entre o final deste ano e o início do próximo, pelo menos quatro novas marcas devem desembarcar em solo brasileiro.

Mais do que vender carros, algumas dessas empresas chinesas querem deixar um legado no Brasil, desenvolvendo veículos focados especificamente no consumidor local. Esse é o caso da GWM, que pretende investir um total de R$ 10 bilhões até 2032. Na primeira fase desse aporte, de R$ 4 bilhões, está incluída a construção de uma fábrica e de um dos ativos mais estratégicos para a companhia: um centro de pesquisa e desenvolvimento.

Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, explica, em entrevista exclusiva à EXAME Casual, que o espaço físico do centro ainda não está pronto, faltando a compra de alguns equipamentos, mas que os engenheiros já estão trabalhando para homologar carros vindos da China e adaptar os veículos ao gosto do consumidor brasileiro. O projeto é liderado por Márcio Alfonso, ex-CEO da Caoa Chery.

Bastos relata que a GWM está finalizando a adaptação de uma planta na cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo, que pertencia à Mercedes-Benz. O centro de engenharia será instalado no mesmo local. "Com o início da produção local, previsto para o primeiro semestre do próximo ano, a ideia é que possamos olhar cada vez mais para o consumidor brasileiro. Podemos também, no futuro, desenvolver um produto regional. Esse é um dos nossos desejos", afirma.

Produção local

Com o início da produção local, a GWM espera crescer ainda mais em volume de vendas. No segmento de híbridos, a montadora chinesa ocupa a terceira colocação entre as que mais vendem no país, com 11.829 carros emplacados entre janeiro e julho deste ano, representando 20% do mercado. No segmento de elétricos, a marca está em segundo lugar, com 4.085 carros emplacados e 11% de participação, segundo dados da Fenabrave.

Esses números são impulsionados pelo Haval H6, que foi escolhido para ser o primeiro carro da GWM montado no Brasil. Ricardo Bastos avalia que a produção de baterias ainda é um assunto distante devido ao custo ser consideravelmente inferior na China. "Talvez, utilizando recursos do Mover, possamos montar baterias aqui, mas isso ainda é algo para o futuro", revela.

Haval H6: sucesso no mercado brasileiro

Em julho, a linha Haval H6 liderou as vendas em três segmentos. Entre os híbridos, foram comercializadas 2.786 unidades, à frente do BYD Song (2.138) e do Toyota Corolla Cross (1.267).

Entre os eletrificados, o Haval H6 também foi líder de vendas, com suas 2.786 unidades superando o BYD Song (2.138) e o BYD Dolphin Mini (1.466). No segmento Premium (acima de R$ 300 mil), o Haval H6 se destacou, com 605 unidades da versão GT vendidas.

Acompanhe tudo sobre:CarrosCarros elétricosCarros híbridos

Mais de Casual

Concorrente para a Rolex? A Universal Genève está de volta

Os melhores carros do ano de 2024 segundo ranking EXAME Casual

Semana Internacional do Café: um dos maiores eventos sobre a bebida do mundo acontece no Brasil

Chef Rafael Cagali: o único brasileiro a ter duas estrelas Michelin fora do Brasil