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"Green Book", "Bohemian Rhapsody" e "Roma" brilham nos Globos de Ouro

"Bohemian Rhapsody" surpreendeu com a estatueta de melhor filme de drama, enquanto Rami Malek conseguiu o Globo de Ouro como melhor ator

76º Globo de Ouro: Jim Beach, Roger Taylor, Brian May e Rami Malek, com seu prêmio de melhor ator em Bohemian Rhapsody" REUTERS/Mario Anzuoni (Mario Anzuoni/Reuters)

76º Globo de Ouro: Jim Beach, Roger Taylor, Brian May e Rami Malek, com seu prêmio de melhor ator em Bohemian Rhapsody" REUTERS/Mario Anzuoni (Mario Anzuoni/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 06h53.

Los Angeles - "Green Book", com três prêmios, e "Bohemian Rhapsody" e "Roma", com dois, foram os grandes destaques da 76ª edição dos Globos de Ouro, uma cerimônia que surpreendeu pelo pouco impacto de "Nasce uma Estrela" apesar de suas cinco indicações.

"Green Book", de Peter Farrelly, levou o prêmio de melhor filme de comédia ou musical, assim como os troféus de melhor ator coadjuvante (Mahershala Ali) e melhor roteiro (Nick Vallelonga, Brian Currie e o próprio Farrelly).

Por sua vez, "Bohemian Rhapsody" surpreendeu com a estatueta de melhor filme de drama, enquanto Rami Malek conseguiu o Globo de Ouro como melhor ator por sua representação do falecido Freddie Mercury.

Outros dois prêmios levou "Roma", os de melhor filme estrangeiro e melhor diretor, para o mexicano Alfonso Cuarón.

"Roma" se torna assim o segundo filme mexicano em vencer o prêmio nesta categoria depois de "Tizoc (Amor Índio)", em 1958. Além disso, Cuarón repetiu sua vitória como melhor diretor depois do prêmio por "Gravidade".

Só outros dois cineastas latinos conseguiram o troféu de melhor diretor anteriormente: Guillermo del Toro ("A Forma da Água") e Alejandro González Iñárritu ("O Regresso").

"Obrigado à Netflix por conseguir que este filme tão improvável tenha conseguido repercussão global", disse Cuarón no palco do hotel Beverly Hilton, de Los Angeles (Califórnia), antes de dizer que estava "eternamente agradecido" às suas atrizes Yalitza Aparicio e Marina de Tavira.

Um dos prêmios mais disputados da noite, o de melhor atriz de drama, foi para Glenn Close por "A Esposa", que superou assim Lady Gaga ("Nasce Uma Estrela"); Nicole Kidman ("O Peso do Passado"); Melissa McCarthy ("Can You Ever Forgive Me?") e Rosamund Pike ("A Private War").

Close, chorando, lembrou sua mãe, que reconheceu a ela ao final da sua vida que sempre tinha se sentido eclipsada pelo marido.

"As mulheres são pessoas que cuidam e criam os demais, mas ao mesmo tempo têm que perseguir a realização pessoal e perseguir seus sonhos. Deveríamos fazer e deveriam nos permitir", declarou a atriz, provocando uma grande ovação na plateia.

Por outro lado, "Vice", o filme com mais indicações - seis ao todo - ganhou o prêmio de melhor ator de comédia ou musical para Christian Bale, que encarna o ex-vice-presidente americano Dick Cheney.

"Obrigado a Satã por me servir de inspiração", disse o ator galês.

Além disso, Olivia Colman ganhou o troféu de melhor atriz de comédia ou musical por "The Favourite" e o dedicou a suas "bruxinhas", em referência às suas companheiras de elenco Emma Stone e Rachel Weisz.

Um dos momentos mais esperados veio com a vitória de Regina King como melhor atriz coadjuvante por "Se a Rua Beale Falasse".

Regina, apostando na ansiada paridade na indústria, disse que todos os projetos que trabalhará nos próximos dois anos contarão com 50% de mulheres nas equipes de trabalho.

"Desafio as pessoas com poder na indústria a se solidarizar e fazer o mesmo", declarou a ariz.

A noite terminou com o prêmio de melhor canção para "Shallow" (de "Nasce Uma Estrela"), que foi para Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyatt.

"Como mulher na indústria musical, é realmente difícil que te levem a sério como artista e compositora, e estes três homens me levantaram no ar e me apoiaram", disse Gaga.

O prêmio de melhor filme de animação foi para "Spider-Man: Into the Spider-Verse" e o de melhor trilha sonora para Justin Horowitz por ("O Primeiro Homem"). EFE

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