Terry Gilliam: processo aconteceu antes do lançamento do filme nos cinemas norte-americanos, no mês que vem (Paul Hacket/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 11h46.
São Paulo - Um grupo de artistas de grafite de rua processou Terry Gilliam, ex-estrela do grupo de comédia Monty Python, e outros associados, dizendo que ele copiou um mural psicodélico em Buenos Aires para seu novo filme, do qual é diretor.
Os artistas acusam Gilliam, os produtores e os parceiros de distribuição do filme, incluindo a Voltage Pictures e a Amplify, de “desapropriação flagrante” de seu mural para compor o filme “O Teorema Zero”.
O processo, apresentado em uma corte federal de Chicago na quarta-feira, aconteceu antes do lançamento do filme nos cinemas norte-americanos, no mês que vem. Os queixosos dizem que Gilliam mostrou um “repetido desrespeito” pela lei de direitos autorais.
O diretor e sua equipe de produção foram processados anteriormente por conta de uma cadeira de tortura mostrada no filme “12 Macacos”, de 1995, a qual foi “obviamente baseada” em um desenho do artista Lebbeus Woods, de acordo com o processo. Woods eventualmente fez um acordo sobre o caso.
“Mr. Gilliam”, disse a queixa contra ele, “não aprendeu sua lição”. Uma porta-voz da Voltage não quis comentar sobre o caso. Gilliam não pode ser imediatamente contatado para comentar o caso.
O filme estrela o ator vencedor do Oscar Christopher Waltz, que interpreta Qohen, um gênio de computador recluso que tenta encontrar o significado da existência.
O personagem vivem em uma igreja queimada, cujo exterior, junto a um sex shop adjacente, é coberto de grafite, o qual remonta ao trabalho dos artistas, segundo eles.
No processo, os artistas mostram uma comparação lado a lado das versões real e do filme de partes do mural: um homem de turbante, um rato parecido com um humano, e um rosto que se desenrola em fitas coloridas.