Mural da grafiteira e ativista Panmela Castro chama-se "Dororidade" (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 20 de novembro de 2018 às 15h44.
Última atualização em 20 de novembro de 2018 às 17h12.
A grafiteira e ativista Panmela Castro produziu um mural de 500 metros quadrados, no centro do Rio de Janeiro, para homenagear as mulheres negras. A inauguração do enorme grafite, na histórica Rua do Lavradio, será no final da tarde de hoje (20), Dia Nacional da Consciência Negra.
Para a artista, o mural é uma forma de homenagear essa parcela feminina da população, a mais excluída de todos os processos e a que mais morre. A imagem mostra duas mulheres negras ligadas pelo cabelo e faz parte da série de grafites "Irmãs Siamesas", que já foi pintada em grandes cidades como São Paulo, Miami, Nova Iorque, Amsterdã e Berlim.
O mural inaugurado hoje chama-se "Dororidade", um jogo com a palavra sororidade, que significa solidariedade entre as mulheres. "Dororidade é um livro de Vilma Piedade, escritora negra que fala sobre esse conceito que é como uma sororidade, mas a partir da dor que se sofre com o machismo e o racismo", disse.
Junto com o painel, também será lançado o videoclipe do rap "Dororidade", interpretado pela artista Andrea Bak, em homenagem ao trabalho de Panmela.
Além do mural, será inaugurada a exposição, no restaurante Rio Scenarium, com 50 obras das alunas do projeto AfroGrafiteiras, coordenado por Panmela Castro, que usa o grafite como forma de promover os direitos das mulheres.