Classic: montadora informou que reduzirá ainda mais o ritmo de produção diária do modelo, até então em 150 unidades (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2013 às 17h56.
São Paulo - Após anunciar o encerramento da produção do Classic no complexo industrial de São José dos Campos, há uma semana, e enfrentar protestos do sindicato local, a General Motors (GM) recuou nesta sexta-feira, 23, e decidiu retomar a fabricação do modelo do próximo dia 9 de setembro até o final do ano.
No entanto, a montadora informou que reduzirá ainda mais o ritmo de produção diária do modelo, até então em 150 unidades, e que, para isso, manterá parte dos funcionários em licença remunerada até dezembro.
A GM não definiu quanto irá produzir na unidade e nem quantos trabalhadores serão convocados, por ainda aguardar resultado do Programa de Demissão Voluntária (PDV), cuja adesão foi estendida até o próximo dia 8 de setembro.
Entre os benefícios do PDV, os funcionários da linha do Classic terão todas as indenizações estendidas até 31 de dezembro, como por exemplo o 13º salário e a participação nos lucros, bem como a manutenção do seguro de saúde até abril de 2014.
A GM informou que caso não aceitem o PDV, os funcionários que optarem por permanecer na linha de produção ou em licença remunerada serão dispensados a partir de 1º de janeiro de 2014.
A montadora ratificou ainda que irá manter a produção do Classic em São Caetano do Sul e na Argentina e que a decisão de encerrá-la em São José dos Campos ocorre por conta dos custos da linha, os mais altos da América do Sul, de acordo com a GM.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, "as mobilizações foram fundamentais para pressionar a empresa a voltar em sua decisão e fazer com que cumprisse o acordo assinado com os trabalhadores", informou.
"A GM queria simplesmente fechar o MVA (linha de produção do Classic), mas a pressão da categoria metalúrgica fez com que voltasse atrás. Ganhamos mais um tempo para respirar, mas a nossa luta continua", alertou o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.
Na reunião desta sexta, o sindicato voltou a cobrar a GM sobre os planos de investimentos de R$ 2,5 bilhões em uma possível nova fábrica no país, que poderia ser feita em São José dos Campos. No entanto, a GM ainda não definiu sequer se a unidade será no Brasil.