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Gins nacionais: marcas brasileiras conquistam o mercado do destilado

Conheça os diferentes tipos de gins e uma seleção nacional

O Jungle Gin, produzido em Camanducaia (MG) é composto de sete botânicos, com destaque ao zimbro para o aroma e paladar. (Jungle Gin/Divulgação)

O Jungle Gin, produzido em Camanducaia (MG) é composto de sete botânicos, com destaque ao zimbro para o aroma e paladar. (Jungle Gin/Divulgação)

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Julia Storch

Publicado em 9 de fevereiro de 2023 às 10h07.

Apesar de ter sido criado na Holanda, o gim é um fenômeno global e o mercado brasileiro produz diversos gins de altíssima qualidade, utilizando ingredientes locais e processos de destilação que não podem ser encontrados em nenhum outro lugar do mundo.

Pensando nisso, a The Gin Flavors, plataforma que envolve loja, clube de assinaturas e eventos, destaca os diferentes tipos de gins e uma seleção nacional. Confira:

O zimbro é o elemento predominante e a bebida possui um ligeiro toque picante e cítrico. Os gins clássicos costumam ser mais secos em relação aos outros grupos. O Gin Beg New World Navy é exemplo de um rótulo nacional que faz parte do grupo de paladar clássico. Trata-se de um gim artesanal que apresenta as características evidentes do zimbro e 54% de graduação alcoólica. A bebida, que foi premiada com medalha de ouro na edição de 2018 do The Gin Masters, pode ser usada na criação de Gim Tônica, Negroni e White Lady.

Já a composição botânica dos tipos de gim cítricos possui a predominância dos citrinos transversais. Em outras palavras, a bebida é composta de aromas e notas de laranja, limão, grapefruit ou tangerina, por exemplo. Você pode experienciar o encontro com o gim cítrico por meio do Yvy Mar, produzido em Belo Horizonte, em Minas Gerais, a partir de limão-siciliano, laranja, zimbro, semente de coentro e canela. Outros bons exemplos de gins cítricos são os rótulos Velvo e Zuur, mineiros com notas de limão-cravo.

Também há o gim Especiado, produzido a partir de uma composição botânica que agrega especiarias, como coentro, noz-moscada, canela, raiz de angélica, raiz de lírio, cardamomo e vários tipos de pimentas. Um exemplo clássico de gim especiado nacional é o Amázzoni, premiado como o melhor gim artesanal do mundo no World Gin Awards 2018. A bebida é destilada a partir de álcool de cereais com equilíbrio de botânicos clássicos, cítricos e especiados.

O tipo Herbal possui notas marcantes de ervas, como tomilho, hortelã, alecrim e manjericão. O Minna Marie, produzido pela Hof, micro destilaria localizada em Serra Negra, no estado de São Paulo, é resultado de uma extraordinária infusão e encontro de 13 botânicos aromáticos. A bebida, com 44% de graduação alcoólica, possui aparência cristalina e uma textura aveludada. A receita exclusiva promove a harmonia perfeita entre as notas realçadas de zimbro, cítricos, notas herbais e leve toque adocicado que remete à erva-doce.

Muito apreciado, o Floral tem como principal característica o resultado da utilização de flores ou frutos, como a flor de uva verde, olho de dragão, jasmim, cassis e violeta. O Jungle Gin, produzido em Camanducaia, município do estado de Minas Gerais, é composto de sete botânicos, com destaque ao zimbro para o aroma e paladar. O grande diferencial desse destilado é a ausência de elementos cítricos. O sabor é repleto de especiarias e aromas florais, o que promove um considerável frescor impresso em 45% de volume alcoólico. O Jungle foi premiado com medalha de prata na Spirits Selection do Concours Mondia de Bruxelles.

Por fim, a grande característica da categoria de gins contemporâneos é tirar os holofotes do zimbro e focar em sabores de maior complexidade e que representem uma região específica. Gins contemporâneos de outros países podem levar sakê e mezcal, por exemplo. No Brasil, o Virga, produzido no interior de São Paulo, se destaca pelas doses de pura cachaça do alambique, e é o primeiro gim do mundo a usar esse ingrediente. Além da cachaça, que traz aromas primários de cana-de-açúcar, o Virga também leva zimbro, sementes de coentro e Pacová, planta comumente encontrada na Mata Atlântica.

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