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Ford Ranger Limited 2017 está mais madura e segura

Ranger chega à linha 2017 com muitos itens de segurança e retoque visual na dianteira e na cabine

Ford Ranger Limited 2017: faróis afilados têm projetor, mas sem opção de xenônio ou leds (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

Ford Ranger Limited 2017: faróis afilados têm projetor, mas sem opção de xenônio ou leds (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 11h14.

Quem fica parado perde terreno para a concorrência. Essa máxima é seguida à risca especialmente pelas marcas que disputam o segmento de picapes médias.

Mal a Toyota apresentou a nova Hilux e eis que a Ford se mostra presente com o facelift da Ranger, ao mesmo tempo em que a Chevrolet exibe sua nova S10.

Menos radical do que a virada de geração da Hilux, a Ranger não foi muito além de um leve retoque no visual dianteiro e do painel. Por ora, a Ford disponibilizou para teste apenas a versão top, Limited, de R$ 179.900 - a lista completa de preços você confere clicando aqui.

Santantônio estilizado confere esportividade ao perfil (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

O motor cinco cilindros 3.2 turbodiesel permanece sem alterações. E  isso é bom, afinal ele produz 200 cv de potência e 47,9 mkgf de torque.

Na pista, esses números foram traduzidos em um 0 a 100 km/h em 11,3 segundos. No consumo (urbano/rodoviário), a remodelada Ranger registrou médias de 9,1 km/l e 11,4 km/l.

Para efeito de comparação, a nova Toyota Hilux SRX (também top de linha) cravou em dezembro de 2015 um 0 a 100 km/h em 13,9 segundos e médias de consumo (cidade/estrada) de 10,0 km/l e 12,0 km/l.

Mecanicamente, a principal alteração está na estreia da assistência elétrica da direção. “Com isso, toda a linha Ford, desde o Ka, que é o nosso modelo de entrada, tem direção assistida eletricamente de série”, ressalta Katia Ribeiro, supervisora de produto da marca.

Grade hexagonal aposenta as barras horizontais (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

A chegada da linha 2017 deu à Ranger um painel redesenhado. “A barra horizontal prateada remete a uma viga metálica. É um recurso de estilo para conferir aspecto de robustez à cabine”, diz Fábio Sandrin, supervisor de design da Ford.

Painel foi redesenhado na linha 2017 (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

As boas novas da Ranger são mais notadas por quem assume o volante. Nem tanto pela direção elétrica, mas pela série de recursos eletrônicos de auxílio à condução.

Respire fundo e prepare-se, pois a lista é grande. De série, a Ranger Limited 2017 traz câmbio automático de seis marchas, alerta de colisão, controle eletrônico de estabilidade e tração, piloto automático adaptativo, auxílio de estacionamento com sensores dianteiros e traseiros e câmera de ré, assistente de partida em subida, controle de descida de rampa, farol alto automático, sensores de faróis e chuva e até sistema de permanência em faixa de rolamento.

Há ainda uma grande melhoria para os acompanhantes, em especial os pequenos: o banco traseiro passa a contar com sistema Isofix de ganchos para cadeiras infantis.

No banco traseiro, ganchos Isofix para fixação de cadeirinhas infantis (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

O quadro de instrumentos lembra o do Fusion, com velocímetro analógico central, ladeado por duas telas multifuncionais coloridas.

Quadro de instrumentos tem velocímetro analógico e dois painéis digitais (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

No asfalto, a Ranger segue boa de dirigir, com nível de conforto maior do que o da Chevrolet S10. Mérito da suspensão com calibragem mais sua­ve.

Na estrada, recomendo que faça uso do piloto automático adaptativo, pois qualquer descuido com o acelerador leva a picape a altas velocidades.

A 100 km/h, o motor gira a apenas a 1.750 rpm. O bom isolamento acústico da cabine torna a atenção com o limite da estrada ainda maior.

Rodas aro 18 têm novo desenho (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

Curto circuito

Uma chuva torrencial na noite anterior ao evento de apresentação da Ranger deu um toque especial na pista off-road preparada pela Ford. Apesar dos pneus de uso misto (algo como 80% urbano e 20% terra), os sistemas eletrônicos deram conta de manter a picape sob total controle mesmo nas ladeiras cobertas de lama.

O seletor de tração é eletrônico, por um botão giratório no console. A mudança de 4x2 para 4x4 pode ser feita em movimento, a até 120 km/h. Só a seleção da tração 4x4 reduzida pede a prévia parada total.

Os 1.009 kg de capacidade de carga podem ser distribuídos em uma espaçosa caçamba de 1.180 litros – 119 mais que a da S10, de 1.061 litros.

Caçamba: 155 cm de comprimento, 156 cm de largura e 51 cm de altura (Marco de Bari/ Quatro Rodas)

Além das novidades high-tech e da discreta mexida no visual, a Ranger Limited chega com garantia maior: passou de três para cinco anos, e agora oferece um plano de três revisões com preço fixo para os três primeiros anos ou 30.000 km.

O preço? Também aumentou, de R$ 163.990 para R$ 179.900. Mas ainda está abaixo dos R$ 188.120 de uma Hilux equivalente.

Veredicto

Menos pela atualização visual e mais pelos equipamentos incluídos, a Ranger Limited está bem melhor na linha 2017.

TESTE DE PISTA (COM DIESEL)  
ACELERAÇÃO  
de 0 a 100 km/h: 11,3 s
de 0 a 1.000 m: 33 s - 159,4 km/h
VELOCIDADE MÁXIMA: n/d
RETOMADAS  
de 40 a 80 km/h: 4,8 s
de 60 a 100 km/h: 6,3 s
de 80 a 120 km/h: 8,7 s
FRENAGENS  
60 / 80 / 120 km/h a 0: 17,8 / 29,6 / 70,4 m
CONSUMO  
Urbano: 9,1 km/l
Rodoviário: 11,4 km/l

 

FICHA TÉCNICA - RANGER LIMITED 4X4 DIESEL

 
Preço: R$ 179.900
Motor: diesel, longitudinal, injeção direta, 3.198 cm3, 20 V, turbo, 5 cil., 200 cv a 3.000 rpm, 47,9 mkgf entre 1.750 e 2.500 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, 4x4
Suspensão: independente, duplo A (diant.) e eixo rígido (tras.)
Freios: discos ventilados (diant.] e tambor [tras.]
Direção: elétrica, 12,1 m (diâmetro de giro), 3,4 (voltas entre batentes)
Rodas e pneus: liga leve, 265/60 R18
Dimensões: altura, 184,8 cm; largura, 216,3 cm; comprimento, 535,4 cm; entre-eixos, 322 cm; peso, 2.261 kg; tanque, 80 litros; caçamba, 1.180 litros
 
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