Real: o Plano Real nasceu em fevereiro de 1994, com a perspectiva de estabilizar uma fragilizada economia brasileira (Reprodução/YouTube)
Redação Exame
Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 20h26.
Última atualização em 14 de junho de 2024 às 17h38.
São Paulo - Começa a ser rodado no próximo mês o filme que promete contar a história de criação do Plano Real, em 1994, no governo do então presidente Itamar Franco.
A informação foi divulgada pelo colunista do portal UOL, Flávio Ricco. Em sua página no Facebook, o diretor Rodrigo Bittencourt confirmou que estará a frente do longa, inspirado no livro 3000 Dias no Bunker, do jornalista Guilherme Fiuza.
Agora é oficial! Vou dirigir o filme sobre a criaçao do plano real! Uma honra pra mim dirigir um filme como esse,...
Publicado por Rodrigo Bittencourt Ramos em Segunda, 11 de janeiro de 2016
Orçado em R$ 10,3 milhões, o projeto nasceu em 2012 e buscou via crowdfunding e também junto à Agência Nacional de Cinema (Ancine) e conta ainda com recursos da Secretaria Estadual de Cultura do Estado de São Paulo.
Esse filme será um divisor de águas no cinema brasileiro, adiantou o premiado cineasta Cacá Diegues, que será consultor artístico e produtor associado do filme.
Pelas informações iniciais, o filme deve dar destaque ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em 1994 era o quarto ministro da Fazenda de Itamar Franco.
Coube a ele formar uma uma seleta equipe econômica, que protegida em um bunker contra pressões políticas, com a finalidade de controlar a inflação e criar o Plano Real, diz a sinopse do longa.
A expectativa de lançamento do filme é setembro deste ano. Até o momento não há informações sobre quem serão os atores, mas a perspectiva é ter atores parecidos com as figuras públicas, como escreveu Flávio Ricco em sua coluna.
Para quem não se lembra, o Plano Real nasceu em fevereiro de 1994, com a perspectiva de estabilizar uma fragilizada economia brasileira.
Visto com desconfiança e rejeitados por vários setores da política – incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula e Dilma Rousseff –, o plano foi bem sucedido e alçou FHC ao Palácio do Planalto naquele ano.
No seu livro, Guilherme Fiuza conta vários episódios que exaltam o clima de desconfiança que cercou o plano, e o grupo reduzido que foi composto para tocar o projeto, em um bunker que podia ser em qualquer lugar.
Além de FHC, nomes como Pedro Malan e Gustavo Franco devem ter papel de destaque no filme, assim como possuem no livro.