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Filme sérvio acusado de incitar pedofilia tem exibição suspensa no país

'A Serbian Film - Terror sem Limites' foi impedido de entrar em cartaz por ação do Ministério da Justiça

 A Serbian Film – Terror sem Limites (Reprodução)

A Serbian Film – Terror sem Limites (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 15h54.

O Ministério da Justiça suspendeu o processo de classificação indicativa do filme A Serbian Film - Terror sem Limites, adiando por tempo indeterminado a entrada do filme em cartaz no Brasil, antes prevista para 5 de agosto. A decisão atende a uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais, que acusou a obra de incitar a pedofilia. O órgão responsável pela classificação etária aguarda agora análise da área jurídica para decidir se o filme deve entrar ou não em cartaz.

Serbian teve a exibição proibida no festival RioFan, no Rio de Janeiro, no último sábado. A pedido da empresa patrocinadora, a projeção foi cancelada. Sem a classificação etária, os distribuidores ficam impossibiltiados de lançar o filme no país. O entrevero brasileiro é apenas mais um capítulo na trajetória tumultuada do longa, que deixou um rastro de polêmica na Espanha, Grã-Bretanha e Noruega, onde foi proibido, por mostrar cenas de pedofilia e necrofilia.

Ouvido pelo site de VEJA, o distribuidor do filme, Raffaele Petrini, disse que sua empresa vai recorrer da decisão, usando, como argumento de defesa, o making of do filme. Nele, é mostrado o passo a passo da produção das cenas de terror explícito, como o estupro de um recém-nascido. "O Ministério Público acusa o filme de ferir o Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe a reprodução de cenas reais ou a simulação de violência contra um menor de idade. Não é o caso de Serbian, pois as cenas do filme foram gravadas com um robô e com moldes de argila cobertos com látex, simulacros de corpos", esclareceu em sua defesa.

Rafaelle agendou para o dia 26 de agosto o lançamento do filme, esperando que até lá a questão seja esclarecida. Os direitos de exibição da obra custaram à pequena distribuidora com sede no Maranhão cerca de 10.000 dólares. "O filme tem suscitado polêmica por onde passa, mas não esperávamos que se tornasse uma questão nacional e isso aumentou o nosso custo: agora temos de lidar com advogados, por exemplo", reclamou Petrini.

https://youtube.com/watch?v=L_SIDOVFBTQ

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