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Filme 'Duna' vai emocionar fãs fervorosos, mas pode confundir outros

Primeiras críticas à adaptação de Villeneuve destacam visuais incríveis, mas pontuam que "os detalhes misteriosos podem encantar os geeks, mas farão com que quase todo mundo desista"

Timothée Chalamet é a estrela de Duna, dirigido por Denis Villeneuve. (Reprodução/Divulgação)

Timothée Chalamet é a estrela de Duna, dirigido por Denis Villeneuve. (Reprodução/Divulgação)

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GabrielJusto

Publicado em 4 de setembro de 2021 às 09h46.

Última atualização em 4 de setembro de 2021 às 09h47.

O muito aguardado remake do épico de ficção científica "Duna" recebeu elogios da crítica nesta sexta-feira por seu espetáculo visual impressionante, embora algumas das resenhas iniciais tenham afirmado que apenas os fãs mais fervorosos vão gostar da narrativa.

"Duna" estreou no Festival de Cinema de Veneza na sexta-feira e chegará aos cinemas e ao serviço de streaming da HBO Max em 22 de outubro. O filme é adaptado do livro de Frank Herbert de 1965 sobre uma batalha intergalática para controlar um recurso precioso.

O livro foi transformado em um filme de 1984, dirigido por David Lynch. Os fãs esperavam que o novo filme de Denis Villeneuve capturasse mais o espírito do trabalho de Herbert.

Estrelado por Timothee Chalamet e Zendaya, o filme "ganha cinco estrelas pela construção do mundo e cerca de duas e meia pela narrativa", disse o crítico de cinema da Variety Owen Gleiberman. "Não é apenas que a história perde a emoção. Ela perde qualquer sentido de estarmos emocionalmente envolvidos."

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Oitenta e cinco por cento das 27 avaliações coletadas no site do Rotten Tomatoes eram consideradas positivas na tarde de sexta-feira. Alguns previram que o filme concorrerá ao Oscar de cinematografia e outras categorias técnicas.

Robbie Collin, do The Daily Telegraph, chamou-o de "ficção científica em sua forma mais majestosa, perturbadora e envolvente" e Xan Brooks, do The Guardian, elogiou o filme como "cinema blockbuster no seu melhor, estonteante e deslumbrante".

Leah Greenblatt, da Entertainment Weekly, deu ao filme uma nota "B". "Se você já está mergulhado na mitologia de Herbert, vai se emocionar com cada palavra sussurrada; se você entrar sem saber a diferença entre um escudo Holtzman e um buraco no chão, é uma caminhada mais longa", disse Greenblatt.

David Rooney, do The Hollywood Reporter, também disse que os detalhes "misteriosos" podem encantar "os geeks de Herbert, mas farão com que quase todo mundo desista".

"Isso não anula a afirmação frequente de que o livro não serve para virar um filme", acrescentou. "Pelo menos não na primeira parte do que está sendo anunciado como uma saga de duas partes."

Primeira adaptação do livro de 1965 nunca saiu do papel

Dez anos após o lançamento do livro de Frank Herbert, o diretor Alejandro Jodorowsky (do icônico drama surreal-fantástico "A Montanha Sagrada") sem empenhou em adáptá-lo ao cinema. A empreitada, entretando, de tão ambiciosa acabou nunca saindo do papel. Mas todo o processo de pré-produção foi registrado no documentário "A Duna de Jodorowsky". Para os ansiosos pelo longa de Villeneuve, o documentário é uma ótima pedida!

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