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"Fico", um parque temático para os amantes da cozinha italiana

Considerada a "Disneyland dos gourmets", o parque tem 10 hectares e reúne mais de 40 restaurantes e exposições de produtos

Fico: parque será inaugurado em Bolonha, Itália (Vincenzo Pinto/AFP)

Fico: parque será inaugurado em Bolonha, Itália (Vincenzo Pinto/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 14h55.

Um imenso parque temático destinado a celebrar a cultura gastronômica italiana, da fazenda ao prato, será inaugurado na próxima semana em Bolonha, com a ambição de atrair 6 milhões de visitantes por ano.

Considerada a "Disneyland dos gourmets", o parque foi concebido por Oscar Farinetti, o empresário italiano fundador do Eataly, um dos conceitos gastronômicos mais bem sucedidos do mundo na última década, que com produtos de luxo conquistou as papilas gustativas de clientes de Nova York, Dubai e China.

Distribuído em 10 hectares, o parque, que tem um centro de conferências, quer se tornar uma atração turística e será gerenciado pela Eataly juntamente com o grupo de distribuição italiano Coop.

Financiado por um consórcio de investidores privados e autoridades de Bolonha, berço da boa cozinha italiana, Fico, como o parque será chamado, é o acrônimo de Fabbrica Italiana Contadina (Fábrica Camponesa Italiana).

Mas também é o nome italiano do fruto da figueira e um termo familiar para dizer "excelente".

Este jogo de palavras faz parte da visão de Farinetti que imaginou o parque como um lugar onde o visitante pode se divertir com workshops sobre temas específicos que vão desde a fotografia de alimentos até a fabricação de gelo, juntamente com cursos sobre os conceitos básicos da caça às trufas.

Um quinto do parque, localizado em um antigo mercado de Bolonha, é ao ar livre, onde vivem 200 animais e 2.000 espécies de plantas.

6 milhões de visitantes

"A educação é fundamental neste projeto, que inclui diversão, comida e compras", resumiu à AFP Farinetti, antes da inauguração ao público em 15 de novembro.

O parque presta homenagem ao agricultor, ao conhecimento culinário, à biodiversidade de um país com uma grande variedade de vegetais, frutas, carnes, peixe, arroz, macarrão e pão.

Mais de 40 restaurantes e exposições de produtos, incluindo espécies raras de carne e doces de alcaçuz, foram programados.

Poucos dias antes da abertura, Farinetti compartilha seu entusiasmo e seus medos.

"Fico com medo que as pessoas não venham", confessa o empresário bem sucedido, que abriu sua primeira loja de quase 3.000 metros quadrados em Turim, em 2007.

Para a administradora do parque, Tiziana Primori, o objetivo que estabeleceram para 2020 é receber a visita de seis milhões de pessoas por ano, um terço delas estrangeiras.

Um objetivo realista? "Não, é uma utopia", confessa Farinetti.

"Todos os projetos em que participei eram utopias que se realizaram. Em um mundo tão realista, eu prefiro a utopia", diz.

O empresário italiano aposta na paixão que a gastronomia italiana levanta em todo o mundo, pelo uso de produtos simples e genuínos.

"Você simplesmente compra meio quilo de massa, um pouco de azeite extra virgem e tomates de San Marzano, e pode cozinhar um prato delicioso", explica.

Dezenas de empresários compartilham sua visão e por isso decidiram aderir ao projeto do parque, incluindo Antonio Capaldo, dono dos vinhos Feudi San Gregorio.

"Há uma grande sede de cultura italiana no mundo, e é por isso que apostamos no parque.Quem poderia ter imaginado que a loja Eataly em Nova York iria vender mais do que a Apple Store?", ressalta.

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