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Ficar em pé ajuda a emagrecer, mas não melhora saúde

Para educador físico, ficar em pé pode até ajudar a perder calorias, mas benefícios à saúde não vão muito além


	Ficar em pé pode até queimar calorias, mas não garante força, resistência nem flexibilidade ao corpo
 (Getty Images)

Ficar em pé pode até queimar calorias, mas não garante força, resistência nem flexibilidade ao corpo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 16h46.

São Paulo – Em junho deste ano, o médico Mike Loosemore, do Institute of Sport Exercise and Health, da University College London, declarou uma ideia polêmica, de que permanecer de pé por 3 horas ao dia é tão benéfico para o organismo quanto correr 10 maratonas por ano. Mas, para o educador físico Marcelo Affonso, da Alpha Fitness, o impacto disso fica apenas nas calorias gastas, não na saúde.

Ficar em pé por uma hora gasta em média 50 calorias, considerando um indivíduo de 70 quilos. Fazendo uma conta simples, ao ficar nessa posição por três horas por dia, durante cinco dias da semana, no final de um ano, o gasto calórico terá sido de 39.000 calorias. Correr uma maratona, por sua vez, gasta 3.500 calorias e basta multiplicar o número por dez para ver que a corrida sai perdendo por pouco.

Apesar dessa matemática, Marcelo Affonso afirma que os benefícios de ficar em pé, para a saúde, param por aí. “Os benefícios do exercício físico não vêm quando você fica apenas de pé. Vêm do movimento”, diz. O próprio médico Mike Loosemore, na época em que fez a polêmica afirmação, reconheceu que suas palavras serviram mais para chamar a atenção das pessoas para a importância de combater o sedentarismo. No entanto, pegar a frase fora de contexto pode ser perigoso.

De acordo com o educador física ouvido por EXAME.com, as melhorias dos sistemas cardiorrespiratório (fôlego) e neuromuscular (força) e da flexibilidade acontecem somente pelo exercício, principalmente se realizado por 30 ou 40 minutos, em, no mínimo, três dias por semana.

O especialista faz ainda uma distinção entre atividade física e exercício físico, tipos que podem fazer diferença no resultado final do trabalho corporal. Enquanto a atividade é qualquer movimento que se faz no dia-a-dia, como passear com o cachorro, caminhar até a padaria ou pedalar até o trabalho, o exercício físico é aquele em que a atenção do indivíduo está totalmente voltada para o esforço corporal e em que há um empenho progressivo e controlado para melhorar a performance.

“Não necessariamente a atividade motora traz os mesmos benefícios do exercício. Ela pode ser um substituto quando se analisa sobre o prisma calórico, mas o ideal é haver um controle do exercício, um planejamento”, afirma. Diante disso, Marcelo Affonso afirma que o ideal é reservar um tempo para se dedicar ao corpo, pelo bem da saúde.

“As pessoas têm que ver que sedentarismo é doença. Exercício tem que ser encaixado na vida, como é o dormir e se alimentar bem”, diz. E para que não se torne uma obrigação a mais no cotidiano, a solução é sempre optar pelo exercício que dá mais prazer, o que ajuda a dar mais ânimo na hora de se dedicar durante o dia. 

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