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GabrielJusto
Publicado em 29 de abril de 2021 às 10h35.
Milhares de pessoas em uma festa rave organizada em uma discoteca no Reino Unido esta semana servirão como um importante teste para identificar se os eventos ao vivo, interrompidos durante a pandemia, podem ser retomados com capacidade total, conforme planejado para o final de junho.
O evento de dois dias em Liverpool, noroeste da Inglaterra, faz parte de um programa nacional de pesquisa que até agora parece mostrar que as pessoas não se importam em serem testadas para o coronavírus como condição para entrar em eventos de grande escala.
Também não há sinais iniciais de que eventos ao vivo propaguem a Covid, de acordo com o cientista do governo Paul Monks, e o programa deve passar para a segunda fase no próximo mês - com eventos ao vivo realizados em uma “gama completa” de ambientes internos e externos com “escalas diferentes” de capacidade.
Fazer com que estabelecimentos de entretenimento e a vida noturna funcionem é um dos objetivos do “roteiro” da reabertura da economia do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. A meta é 21 de junho, e o governo sinalizou que casas noturnas podem precisar exigir alguma forma de certificado - seja um resultado de teste negativo ou prova de vacinação contra a Covid - para permitir a entrada.
O setor é um dos mais afetados pelas restrições relacionadas ao coronavírus, e ministros disseram que a suspensão gradual das medidas deve ser irreversível para evitar outro lockdown oneroso. O Reino Unido enfrentou a recessão mais profunda em 300 anos, e o governo diz que destinou mais de 400 bilhões de libras (US$ 556 bilhões) para estimular a recuperação.
Seis mil pessoas são esperadas durante os dois dias do evento organizado pela promotora Circus durante sexta e sábado, sem necessidade de máscaras ou distanciamento social - a primeira noite de discoteca no Reino Unido em mais de um ano.
Autoridades do Reino Unido também estudam programas de teste semelhantes na Espanha e Países Baixos. “Aprendemos com os holandeses que 80% das pessoas retornam os testes de PCR após eventos em boates, o que achamos bastante surpreendente - a disposição das pessoas em fazer isso”, disse Monks.