Felicity Huffman: atriz já foi indicada ao Oscar se declarou culpada, em maio, de pagar 15.000 dólares ao responsável de uma empresa especializada em exames de admissão universitária para que o resultado de sua filha fosse melhorado (Katherine Taylo/Reuters)
AFP
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 13h04.
A atriz americana Felicity Huffman começou a cumprir, nesta terça-feira, os 14 dias de prisão após se declarar culpada de pagar para falsificar o exame de admissão universitária de sua filha mais velha.
Huffman, de 56 anos, se apresentou em uma prisão federal em Dublin, 56 km de San Francisco, informou um representante da atriz em um comunicado enviado à AFP.
"A senhora Huffman está preparada para cumprir a pena de prisão que a juíza (Indira) Talwani lhe impôs como parte da condenação por suas ações", indicou o texto.
Após as duas semanas em Dublin, uma prisão de mínima segurança, a atriz de "Desperate Housewives" passará um ano em liberdade condicional, deverá pagar uma multa de 30.000 dólares e fazer 250 horas de trabalho comunitário.
Huffman, que já foi indicada ao Oscar e é casada com o ator William H. Macy, se declarou culpada, em maio, de pagar 15.000 dólares ao responsável de uma empresa especializada em exames de admissão universitária para que o resultado de sua filha fosse melhorado, como parte do grande escândalo de subornos para garantir o acesso a prestigiosas universidades dos Estados Unidos.
No total, 50 pessoas foram incriminadas neste caso, entre elas 33 pais de alunos.
A outra celebridade envolvida é a atriz Lori Loughlin, da série "Full House", que junto com seu marido se declarou inocente e está à espera de julgamento.
O líder do esquema, William Rick Singer, que teria recebido cerca de 25 milhões de dólares em subornos, se declarou culpado e cooperou com as autoridades, inclusive gravando seus clientes em segredo, entre eles Huffman.
Segundo a promotoria de Massachusetts, Singer chegou a cobrar até 6,5 milhões de dólares para garantir uma admissão, através de fraudes nas provas ou subornos a treinadores para que recrutassem estudantes sem habilidades esportivas.
Nenhum aluno ou universidade foi incriminado no âmbito desse escândalo, que envolve as prestigiosas universidades de Yale, Stanford, Georgetown, Wake Forest, a Universidade do Sul da Califórnia (USC), a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade do Texas em Austin.