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Fãs festejam os 95 anos da escritora Clarice Lispector

Clarice Lispector: enquanto seu nome começa a circular fora do país, no Brasil, ela segue sendo idolatrada


	Clarice Lispector: enquanto seu nome começa a circular fora do país, no Brasil, ela segue sendo idolatrada
 (Antonio Andrade/Editora Abril)

Clarice Lispector: enquanto seu nome começa a circular fora do país, no Brasil, ela segue sendo idolatrada (Antonio Andrade/Editora Abril)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 14h10.

São Paulo - Tem sido um bom ano para Clarice Lispector (1920-1977), com traduções se destacando em países como Estados Unidos e México e até uma sopeira de louça nas vitrines lusitanas.

Publicado há alguns meses pela americana New Directions, The Complete Stories figurou na lista dos 100 livros notáveis de 2015 do The New York Times - e ainda em listas como as do Boston Globe, National Post (Canadá) e Buzzfeed.

Organizado por um de seus biógrafos, Benjamin Moser, e com tradução de Katrina Dodson, o volume reúne, pela primeira vez, todos os contos da autora. Uma edição em português está prevista para abril de 2016, pela Rocco, que edita sua obra no país.

Em Portugal, a fábrica de porcelanas Vista Alegre homenageou a escritora com o lançamento de uma sopeira criada por Marina Valente e vendida, em edição de mil unidades, a ¤ 250.

A peça foi inspirada em A Paixão Segundo G.H., obra que acompanha o utensílio. Livros de outros autores, como José Saramago e Valter Hugo Mãe, também já inspiraram outras peças.

E acaba de chegar às livrarias do México a edição em espanhol de Clarice - Fotobiografia, de Nádia Battella Gotlib, publicada, aqui, pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Edusp em 2009.

Enquanto seu nome começa a circular fora do país, no Brasil, ela segue sendo idolatrada. Nesta quinta-feira, 10, ela faria 95 anos. E, como já virou tradição, sua obra será festejada por leitores, pesquisadores e instituições ao longo do dia - e, em alguns casos, também no sábado, 12.

Criado em 2011, a Hora de Clarice segue o exemplo do Bloomsday, que celebra James Joyce em 16 de junho, e do Dia D, em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, em seu aniversário, 31 de outubro. Exibição de filmes, debates e leituras estão na programação, que será mais intensa no Rio de Janeiro, onde a autora, que nasceu na Ucrânia, viveu e morreu - ontem, foi o aniversário de 38 anos de sua morte.

Em São Paulo, a programação começa às 19 horas, na Livraria da Vila de Higienópolis (Avenida Higienópolis, 618). Yudith Rosenbaum, professora de literatura brasileira na USP, participa do encontro Íntima Desordem: Uma Leitura do Conto Amor. Às 19h30, na Blooks (Rua Frei Caneca, 569), o clube de leitura #LeiaMulheres faz uma edição especial e analisa A Via Crucis do Corpo, com Juliana Leuenroth e Michelle Henriques.

No Rio, destaque para as atividades do Instituto Moreira Salles (Rua Marquês de São Vicente, 476): Anotações Imediatas - Atividade Educativa com Leitura de Crônicas e Produção Textual (12h30 e 15 h) e exibição do vídeo O Ovo, Clarice e a Galinha, de Eucanaã Ferraz e Laura Liuzzi, e apresentação da peça Clarice e Eu - O Mundo Não é Chato, com Rita Elmor (20 h).

A agenda é extensa e inclui, ainda, leituras em livrarias de Nova York, exibição de documentários e leituras em Oxford, exposição de fotos e manuscritos na Éditions de Femmes, em Paris, lançamento de Água Viva, com sarau, na Dinamarca, e muito mais. 

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